DONOS DE RESTAURANTES SE APROPRIAM DA ORLA DE JUAZEIRO

31 de Jul / 2018 às 08h00 | Variadas

Recentemente, em nossa cidade, virou polêmica o fato do Bar do M colocar um cercado na área que pertence à orla, fazendo com que aquele local ficasse restrito ao bar. Levando em conta esse acontecimento, surge então a importância de se discutir até onde o privado deve invadir o público.

Ao caminhar na Orla, a partir das 17 horas, já é possível notar a movimentação desses estabelecimentos que, não seguindo o exemplo de outros restaurantes mais antigos, colocam duas fileiras de mesas (esquerda e direita do calçadão, como visto nas fotos), deixando apenas um estreito corredor que mal caberiam duas pessoas para a passagem de pedestres, ciclistas, praticantes de corrida e turistas. Qualquer um que tenha interesse em passear pela cidade apreciando a vista do rio (que a todos pertence) se depara com essa cena todos os dias.

A situação chega a ser tão explícita que bastam alguns minutos sentado próximo aos estabelecimentos em questão para ver várias pessoas praticando atividade física se deslocando do calçadão para correr na pista, ao lado dos carros, pondo em risco a própria segurança, pelo simples fato de faltar espaço num local que teoricamente é de todos, mas na prática serve a poucos.

Nota-se um descaso por parte desses empreendedores que não possuem bom senso ao dispor da quantidade de espaço que podem ou não ocupar. E não é uma culpa exclusiva deles, tendo em vista que a prefeitura, através das suas secretarias (SEMAURB), não delimita corretamente nem fiscaliza tais ações de maneira efetiva, dessa forma, cabe a nós, cidadãos, nos incomodar e reclamar para os veículos de comunicação para que os órgãos competentes tomem atitudes.

Ressalte-se que não se trata de impedir bares de colocar suas mesas, mas sim que eles saibam dividir o espaço de maneira justa, até porque estabelecimentos comerciais são necessários na orla para torná-la mais movimentada, entretanto, não se pode abrir mão da mobilidade urbana por meia dúzia de pessoas, até porque dessa maneira o ônus seria do povo e o bônus inteiramente dos donos de bares, que se utilizam indevidamente do espaço de todos, lucram com isso e não dão qualquer retorno para a sociedade.

Por Alexandre Passos

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