Estudantes de Medicina da Univasf criam projeto para estimular o uso de plantas medicinais no bairro Alto da Boa Vista, em Petrolina (PE)

13 de Sep / 2018 às 13h00 | Variadas

Estudantes do 1º período de Medicina da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) criaram um projeto, intitulado Jardim Suspenso, que disponibilizará plantas medicinais para os moradores do bairro Alto da Boa Vista, em Petrolina (PE). O projeto foi realizado por seis estudantes da disciplina Saúde e Comunidade e foi desenvolvido junto aos moradores do bairro e agentes da Unidade Básica de Saúde (UBS) Dra. Sinhá. O evento de lançamento e inauguração da horta será aberto ao público e irá acontecer nesta quinta-feira (13) na UBS, que fica localizada na rua 26 do bairro.

O projeto foi organizado como trabalho de conclusão da disciplina pelos alunos Alécio Farias, Dyonatan Oliveira, Eliene Cerqueira, Lucas Bulhões e Thiago Barreto sob a orientação do professor Aristóteles Cardona Júnior e da preceptora Suzete Moura Bonfim. O objetivo é que os moradores do bairro possam pegar mudas e replantar em suas casas. Durante o lançamento, serão explicados os usos medicinais de cada planta e como realizar o plantio em casa. Será apresentado também um cartaz com o nome de cada planta, a indicação de uso e a forma de preparo, que servirá de guia para a comunidade.

A ideia de fazer a horta surgiu após a análise das demandas da comunidade, em que os estudantes perceberam que havia muita dificuldade na adesão aos tratamentos propostos na Unidade de Saúde e, consequentemente, na inserção de hábitos mais saudáveis. Para isso, foram realizadas visitas nas residências, onde os estudantes notaram que em muitas casas havia espaços ociosos que poderiam ser ocupados por plantas medicinais. A partir daí, os estudantes conseguiram as mudas através de doações do centro de terapia holística Recanto Madre Paulina e disponibilizaram na UBS para que os moradores possam pegar e replantar. 

De acordo com Eliene Cerqueira, estudante de Medicina e integrante do projeto, foi uma experiência muito enriquecedora. “Precisamos buscar conhecer outras formas de cuidado além das que a universidade nos propõe, de modo a complementar o conhecimento e fazer a diferença no mercado de trabalho. Conhecer a realidade da população com a qual estamos trabalhando é imprescindível, pois muitas vezes o paciente não possui condições para comprar o remédio receitado ou a alimentação recomendada e isso é um problema social ao qual devemos, como médicos, nos atentar sempre buscando ajudar a população”, afirma Eliene.

O professor da disciplina, Aristóteles Cardona Júnior, afirma que 80% dos problemas de saúde da população são resolvidos na atenção básica e que esse projeto serviu para possibilitar aos estudantes terem um contato direto com a realidade. “Esses projetos de intervenção são importantes para gerar o protagonismo dos estudantes e da comunidade, identificando as necessidades na realidade da comunidade e propondo vivências que vão além de hospitais, laboratórios e da universidade”, conclui Cardona.

Ascom

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