JÁ ERA CARNAVAL, CIDADE. ACORDA PRA VER...

09 de Mar / 2019 às 23h00 | Espaço do Leitor

Como estás, queridíssimo amante das letras? Espero-o bem...se possível! Saudades. De prima, esclareço que o presente texto versará politicamente sobre duas vertentes: Brasil e Juazeiro-BA. Combined total em abrir as comportas pelo Brasil, brother? Otonce, belê.

Temos apenasinho dois meses e cacetada desde que Jair e o clã Bolsonaro adentrou o Palácio do Planalto. De cá pra lá, um arrojo de iniquidades, intolerâncias, pornografias, desequilíbrios, defesa dos maus costumes, afrontamentos aos Direitos Humanos, recuos desmoralizantes e vergonhosos, imbecilidades, escrotices, incompetências em banda larga, inoperâncias bandidas, ditaram as ordens e, pasmem!, desordens tais que enojam envermelhando até os mais deslavados amarelos-verdes fiéis discípulos do esfaqueado(?). Jair Messias Bolsonaro, nesse propício momento merecidamente promovido a Capetão, até então solamente mostrou o seu indissolúvel "potencial" odiento, preconceituoso, difamatório, belicista, venerador de torturadores, ditadores e milicianos. Um presidentinho mixuruca, despreparado, sociopata, sem a mínima educação moral e sanidade mental, num incansável defecar pela boca pela qual ostenta em volumosos decibéis um comando de voz em relinchos. Numa clara e evidente ardil perseguição ideológica deflagrada contra o idealismo socialista, pautada descaradamente em energúmenos gurus e seguidores olavistas cavalos, o esdrúxulo dilacerante governo busca a todo custo recriar um país entreguista, colonizado, submisso e desprovido de soberania. Para isso, lança mão e pé com chulé de uma tática política ditatorial disseminando o medo e o terror com explícitos estímulos à alienação e estigmatização de professores, artistas, ambientalistas, pensadores liberais, sindicalistas, ativistas culturais, ONGS e religiões que não, será tem mesmo alguma índole cristã?, a sua e dos seus pastores ávidos por pastos fáceis.

Um presidente escatológico e suas intensas e tenebrosas idiossincrasias estapafúrdias!!!

Pois bem, saudoso Leitor, me pergunto e também aos seus botões e borbotões: Como assistir bestificado e silencioso a isso, Brasil?  IM-POSSI-BLE!!!

Um ser abominável, de chulo e obsceno linguajar e ações humanísticas, sem postura, com graves problemas morais e éticos e que tem, entre sorrisos cínicos lado a lado com os seus filhotes devassos-imundos-promíscuos 01/02/03 e aliados de igualíssima estirpe, procedido de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro que o cargo carece e merece. Assado assim, tinha que amargar um deboche político jamais visto e imaginado antes no país.

Pois, Capetão Jair Messias Bolsonaro, por não se dá ao respeito, a Nação Brasil em peso-massa-volume hoje canta e dança um hino em sua homenagem:

EI BOLSONARO VÁ....

Permito que termine a frase, credenciado Leitor.

E a nossa Juazeiro-BA, a quantas anda na política ou na falta dela? Hein? Hein? Oxente, heinnn?!?

Passada as últimas eleições a cidade começa a deparar-se, pós-carnaval, em ritmo da próxima: Executivo e Legislativo Municipais

Mas, necessário se faz uma voltinha pela última. Certo, certinho, Leitor politizado?

Vamo qui vamo, apois.

Para os cargos a governador e senadores tivemos o desfecho esperado, haja visto que o Partido dos Trabalhadores, PT, tem angariado vitórias expressivas nesse reduto há tempos. Ainda mais que, de passagem se diga, foram governos socialistas que muito contribuíram para o avanço dessa terra em todos os setores. Daí, Rui Costa e Cia mereceram o veredito positivo das urnas. Em relação à seleção urnística dos candidatos a Deputado Estadual, Zó e Roberto Carlos, tidos como certos, apenas confirmaram as expectativas. Independente de “o muito que fizeram ou o quase nada que fizeram” estavam amparados em mandato e com amplo apoio das forças políticas situacionistas estaduais e municipais. Com espertas dobradinhas e saúde financeira obtiveram maciças votações. Isso bem poderia dar uma nova energia aos dois eleitos para que trabalhassem mais em prol da região, da cidade e dos concidadãos mais carentes e sofredores. Afinal, todos sabem de salteado e decorado o quanto estes dois políticos almejam e sonham sentar o bumbum e usarem a caneta mágica oficial na poltrona-rei do Paço Municipal. É por demais notório pelo uso das mídias, redes sociais, presenças até em niver de bonecas, o desembaraçoso movimento da dupla a fim de manterem firmes os seus nomes rumo a 2020. Tipo: Otonce, amigo, quaisquer escorregãozinhos de percurso e eles tchan-tchan-tchan-tchan!!! Mas, Zó e Roberto Carlos, ‘qui pra nóis’, têm plena noção disso ser mais difícil que saber quem peidou na pipoca do kanário. No resto, Juazeiro espera mais contato deles com o povão, ideias inovadoras, ações consistentes que aliviem inexoravelmente a dor e os desprazeres tão comuns vívidos e vividos diariamente pelos seus conterrâneos mais simples e humildes. Afinal, Zó e Roberto Carlos, vieram dali, né não? E dali saíram para uma melhor, justo pelas mãos do povo, né sim? Poispois aos dois..

Quanto ao ex-prefeito e Deputado Federal, via atalhos manobrais, Joseph Bandeira, deu-se o de sempre e corriqueiro: Nova derrota eleitoral. Joseph, que deve sair candidato a prefeito por ser esse o seu grande hobbie e estímulo de vida, tem sempre os mesmíssimos votos. Os quais somente o elegem, hoje, a vereador. As constantes e incessantes mudanças de partidos e o seu apoio imoral ao Golpe-Aécio-Bozo lhe arrancaram a credibilidade política-ideológica e o bom senso, o deixando à mercê dos bullyngs ‘doido’ e ‘mito’. Como não consegue transferir a sua popularidade nem para a esposa e o filho (Candidatos a vereadores, amargaram míseros votos.), vai até quando a sua crença e o seu sonho de morrer na cadeira de prefeito? Tempo, tempo, como resposta.

Doss outros candidatos derrotados e da terra, cito o exemplo do ex-Secretário Carlos Neiva. Uma decepcionante desavalanche de votos. Credito isso justamente à maneira de como foi-lhe servido o prato da oposição a um Governo Municipal do qual amealhou e ascendeu enquanto equipe sua. Ao se posicionar do outro lado perdeu o fio da crítica honesta, posto que a maioria das ações, boas e más, do Governo Municipal tiveram o seu aval e apoio incomensurável. Aí, viu-se nas urnas a desconfiança da população. Porém, creio que Carlos Neiva, de discurso eloquente, verve intelectual e gana, não vai parar e deve voltar candidato. Quiçá à Câmara Municipal tão carente de pessoas pensantes.

Outros sonhadores da cidade à Assembléia Legislativa a duras penas apenas compuseram o quadro.

No tocante a uma cadeira cativa em Brasília como Deputado Federal, tivemos duas forças com votos: Isaac Carvalho e Targino Gondim. O artista Targino Gondim, segunda maior votação em Juazeiro-BA, debutou com salvas no campo político. Mesmo enclausurado numa sigla aliada ao golpismo e que ficou-lhe devendo em mais empenho e apoio, em uma campanha curta mostrou enorme disposição e força num discurso educado, limpo, coerente, realista, sincero, leve, ideias em movimento e de muita paz. Sem dúvidas nas sombras saiu-se prestigiado nas urnas, nas ruas, tendo hoje seu nome como provável candidato numa terceira via ao Governo do Município. O futuro, chegando a galope, trará algo a respeito.

Outro candidato, Márcio Jandir, não disse a que veio. Deve, como tal, aposentar-se do burburinho eleitoral.

Bombombom, tô que tõ sentindo o Leitor curioso e apressadinho que só, eis que chegamos a Isaac Carvalho, seus mais de cem mil votos confiscados e o cargo que recebeu do Governo Estadual. Será que Isaac Carvalho sabia que, caso eleito, a Justiça Eleitoral o impediria de assumir a deputança? Quilaro que sim. SABIAAAAAA !!! E muito. Mesmo assim, apostou as suas fichas até o apagar das luzes. Assim assou candidaturas locais e lascou a cidade sem um representante caseiro na Câmara Federal. Isaac detonou montante de bufunfa em dois campos: Eleição e Justiça. Na primeira, alavancou festejados votos. Na segunda, já sem festas, dançou legal. Vindo de dois mandatos de prefeito da cidade, Isaac amparou-se em suas ótimas gestões à frente do Executivo. Sem dúvida, tornou-se o líder político máximo da cidade e região em pouco tempo. Hoje, manda e desmanda no PC do B local e na prefeitura. Mesmo sem ter um pingo de comunismo nas veias, no coração, no discurso e na mente, colocou sob suas asas e debaixo dos seus pés todos os comunistas(?) renomados e históricos da sigla. Obteve sufrágios relevantes em quase trezentos municípios ao sair distribuindo R$impatias, beijin beijin nos ombros, e/ou cargos a migué a comunitários, ex-tudo, cabos eleitorais, na prefeitura de Juazeiro. Bolso aberto na campanha, amealhou votos que até qualquer deus das eleições duvidaria...menos ele! Todavia, deixou rastros desincólumes, os quais a Justa seguiu, farejou, descobriu e o deixou nu com a mão no bolso, ainda que recheado. Puft! Puntzgrila! Condenação, perda de votos, ostracismo. Pra entortar mais ainda a tampa do tarrachil, foi preterido a qualquer cargo no alto escalão do Governo Estadual. Mais incertezas e tome ostracismo isaaquianos. Porém, por pouquíssimo tempo. E não foi que o governador Rui Costa ferindo o seu discurso moralista e normas éticas socialistas terminou cedendo a pressões do PC do B? Pois bem, mesmo com a moral na Justiça mais baixa que a popularidade de Bozo, Isaac Carvalho recebeu de lambuja um “Cala boca, fica na sua, que tá bom!”. Trata-se de uma Assessoria Especial dessas criadas e encomendadas pra fazer o que num sei onde.

Admirável Leitor, antes que a pseudo-oposição oportunista-direitopata se afoite com os escritos acima, sejamos corretos, sensatos, equilibrados e humanos, ok?

Muitíssimo muito se tem dito e falado pelas entrelinhas, meias falas, murmurinhos...o fato é que Isaac Carvalho tem história pra contar e das boas, saudáveis, que Juazeiro há de respeitar eternamente. Além de seus feitos e trabalhos exemplares frente à Educação, Infraestrutura em bairros periféricos, Olho humanizado nos distritos e interior, Salários em dia, etc., a mais importante e melhor delas, sem gaguejos e pestanejos: Ter enterrado de ponta cabeça a velhacaria política durante esses anos todos. O vício do rodízio virulento de prefeitos retrocessuais, já era. Com esse desgoverno federal imposto pelas elites, a velhacaria insinua-se ressurgir das cinzas, através do viés fascista e ortodoxia direitista. Como não pode mais ser candidato nos próximos pleitos, Isaac sofrerá para reeleger o seu pupilo favorito Paulo Bomfim. Afora outras intempéries, corre contra o breve tempo a baixíssima popularidade do atual Governo Municipal que teima em não emplacar a empatia e a aceitação tão ansiosamente esperada de quem herdou duas excelentes gestões. Mas, Leitor tenha muita calma, esse assunto carece e merece merecidamente uma crônica especial.

*Que tal com esse título?

JUAZEIRO-BA : GESTÃO MUNICIPAL E O LEGISLATIVO.

Dourou, amigão? Tomém.

Por enquanto e já na saudade, vou-me indo...

Otoniel Gondim --- Professor, Escritor e Compositor.

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