Ídolo da Juazeirense, Waguinho conta sua história de vida e mostra confiança em alcançar novamente o acesso à Serie C

22 de Mar / 2019 às 17h00 | Esporte

Por trás de um guerreiro que briga incansavelmente por todas as bolas existe um guerreiro da vida. A história de Waguinho, atleta que mais atuou na história da Juazeirense (139 jogos), é de emocionar qualquer um, inclusive e ele mesmo. “Minha mãe foi uma guerreira, mesmo com todas as dificuldades nunca deixou faltar nada pra gente. Amo demais minha mãe, meus irmãos, minha esposa, minha filha. Se você pudesse colocar essa homenagem na matéria... (pausa). Desculpa, mas é que quando falo da minha história de vida eu fico emocionado”, chorou ao falar o cão de guarda do Cancão.  

Lágrimas de um vencedor, que perdeu o pai aos nove anos e precisou começar a trabalhar cedo para ajudar dona Áurea, matriarca da família. Do trabalho na roça, na feira, de ajudante de pedreiro, outras vezes dando duro para descarregar caminhão de cimento, até chegar ao futebol num time de várzea da cidade de Nossa Senhora das Dores, Sergipe, sua terra natal: esse foi o caminho trilhado pelo volante, hoje aos 35 anos e fortemente identificado com a Juazeirense.

Antes de seguir pelo futebol profissional, porém, Waguinho jogou pela saúde da mãe. “Eu jogava num time de Várzea da minha cidade e ganhava R$ 20 por semana. Aí minha mãe teve um princípio de infarto. Teve que fazer cateterismo e tomar muitos remédios. A gente não tinha condição de comprar e eu conversei com o dono do time para, ao invés dele me dar os R$ 20 reais, ele dar o remédio da minha mãe. Assim aconteceu”, conta orgulhoso o camisa cinco de confiança do técnico Carlos Rabello, com quem vai buscar a partir de maio repetir o feito do acesso à Série C.

SÉRIE D - A Juazeirense está no Grupo A9 da competição nacional, ao lado do Itabaiana-SE, Aparecidense-GO e Gurupi-TO. A estreia será no dia 04 ou 05 de maio contra o Gurupi, fora de casa. A presença de Rabello no comando da equipe, inclusive, é mais um ponto a mais de confiança para Waguinho acreditar que o clube possa alcançar o acesso, como em 2017. “É importante ter um técnico que já conhece a competição, o clube. Vai ajudar muito, o professor é muito inteligente, e vai nos deixar mais preparados para todas as situações”, destaca, para depois concluir: “A gente precisa fazer diferente do Baiano. Se fechar, ganhar jogos, para que possamos conseguir o objetivo”, projeta.

Mesmo com o pensamento já na Série D, Waguinho só se apresenta junto com o elenco definido para a competição no dia 1º de abril. Algo que vai fazer com a mesma alegria de sempre. “Pra mim significa muito jogar na Juazeirense, ser o jogador mais antigo do clube. É um privilégio ser o jogador referência. A Juazeirense é uma equipe que vem crescendo no cenário nacional. Faz parte da minha vida e quando eu visto essa camisa eu me transformo”, completa o atleta, que também acumula passagens por Atlético de Alagoinhas, Sergipe, Grêmio Barueri, entrou outros.

Ascom

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