Pacientes da região da Vale do São Francisco agora têm acesso à tecnologia inovadora para tratamento de nódulos na tireoide

15 de Apr / 2019 às 08h00 | Variadas

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) estima que cerca de 60% da população brasileira poderá desenvolver nódulos na tireoide, desses, apenas 5% serão malignos. Apesar da maioria dos casos não apresentar câncer, ainda assim, pacientes sofrem com a dificuldade para deglutir, além de disfunções hormonais (hipotireoidismo e hipertireoidismo) que afetam o organismo em diversos aspetos.

Quando a cirurgia convencional for o tratamento mais indicado, inclusive, com a retirada completa da glândula (tireoidectomia), os pacientes precisam passar por um longo e doloroso período de pós-operatório, onde adquirem cicatrizes e acabam necessitando de reposição hormonal para o resto de suas vidas. Contudo, o uso de uma tecnologia inovadora, implantada há pouco mais de um ano no Brasil, vem mudando esse quadro.

A técnica minimamente invasiva, chamada de Ablação por Radiofrequência (RFA), é feita através da introdução de uma agulha que, conectada a um gerador, emite um calor promovendo a morte das células que compõem o nódulo. O procedimento foi realizado em Petrolina-PE, na última quinta-feira (11), em uma unidade de saúde particular da cidade. No estado de Pernambuco, apenas profissionais da capital Recife e de Petrolina fizeram uso da tecnologia.

O cirurgião de cabeça e pescoço Aglailton Menezes, responsável por realizar o procedimento, apontou as vantagens do uso da RFA que utiliza anestesia local, sem cortes, e com uma recuperação de apenas duas horas. "A paciente apresentava um nódulo do lado esquerdo da tireoide que teve um crescimento significativo no último ano. A RFA foi indicada como tratamento mais adequado. A partir da alta, não há nenhum cuidado especial após o procedimento, é esse um dos fatores positivos do mesmo. A paciente segue sua rotina normal sem a necessidade de uso de medicações", contou.

A RPA foi inserida no Brasil, no ano de 2018, pelo médico da UNICAMP, José Higino Steck, que esteve na cidade para colaborar com a aplicação do método.

Ascom

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