Em discurso emocionado Lucinha Mota não poupa críticas à justiça de Pernambuco e escola. Veja o vídeo

11 de Dec / 2019 às 12h43 | Policial

Ainda repercute na região a movimentação realizada ontem (10) no centro de Petrolina, marcando os quatro anos do assassinato da garota Beatriz Angélica Mota, de sete anos, morta a facadas nas dependências da Escola Maria Auxiliadora. Os pais da menina, familiares e amigos se concentraram na Praça Dom Malan, onde colocaram fotos e cartazes para lembrar a memória de Beatriz. A mobilização chamou atenção e emocionou quem passava pelo local.

Lúcia Mota, mãe de Beatriz Angélica, fez um discurso emocionado durante o ato e não poupou críticas aos organismos de segurança do estado de Pernambuco, aos delegados que conduziram o caso até o momento, ao governo do estado, a quem acusou de “morosidade” e ao colégio onde aconteceu o crime, que na avaliação dela “nunca colaborou de fato com as investigações”.

Durante sua fala Lucia disse que a família está buscando a federalização do caso e pediu apoio para a realização de uma investigação paralela. Uma vaquinha na internet, realizada pelo Grupo Todos Somos Beatriz, está levantando recursos para custear essa ação. Para colaborar é só acessar o link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/investigacao-caso-beatriz

Como já publicado pelo Blog GJ Notícias o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) informou, por nota, que não pode dar informações mais aprofundadas neste momento e que segue atuando para elucidar a morte da menina Beatriz. No mês de outubro deste ano, a mãe da menina Beatriz Angélica Mota, protocolou na Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco evidências obtidas pela família sobre o possível desvio de função de um funcionário público que teria atrapalhado o inquérito policial que investiga o caso.

Lucia Mota, mãe de Beatriz, fez a denúncia na Corregedoria. A investigação paralela, realizada pela família da menina, revelou o possível envolvimento de um perito que trabalhou no caso, com o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão do Estado, onde o crime aconteceu.

De acordo com a mãe de Beatriz, o profissional teria elaborado um plano de segurança para a instituição de ensino enquanto investigava o caso. As possíveis evidências encontradas pela família não foram divulgadas à imprensa para que as investigações da SDS não sejam atrapalhadas.

“O tempo que passa é a verdade que foge". Esta frase foi a definição com exclusividade para este Blog Geraldo José ano passado (2018) quando o médico legista George Sanguinetti escreveu um texto refletindo sobre o brutal assassinato da menina Beatriz Angélica. A solicitação do texto foi feita pela redação do Blog Geraldo José. Sanguinetti acusa "o comando da Segurança Pública de Pernambuco pelas entrevistas coletivas conflitantes, substituição de delegados e nada de concreto surgiu em tanto tempo". A menita Beatriz foi assassinada no dia 10 de dezembro 2015, com 42 facadas, durante uma festa no Colégio Auxiliadora, em Petrolina. Até o momento ninguém foi preso. A revista Carta Capital definiu Sanguinetti como um dos mais experientes médicos legistas da atualidade.

A redação do Blog GJ Notícias fez contato com a Polícia Civil de Pernambuco sobre o tema da acusação dos pais de Beatriz quanto a investigação da conduta do servidor da polícia.
Confiram nota:

A Corregedoria Geral da SDS informa que está em curso Investigação Preliminar (IP) para apurar a conduta do servidor. Estão sendo ouvidas as partes envolvidas e testemunhas, além de ser realizada a análise de documentos e outros materiais que colaborem com esclarecimentos. Se houver elementos suficientes, poderá ser instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD). (Centro Integrado de Comunicação da SDS).

Confira o vídeo:

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