Catadoras e ambulantes utilizam o carnaval para garantir o sustento da família

25 de Feb / 2020 às 17h00 | Variadas

O carnaval tem proporcionado fonte de renda importante para muitas mulheres e homens. Cenas que aconteceram no Carnaval fora de época em Juazeuro, entre os dias 7 e 9 de fevereiro, também são repetidas em Petrolina, na data do carnaval oficial.

A redação da redeGN Blog Geraldo José conversou com uma das cantadoras de lata. Moradora de rua, Francisca, disse que durante os três dias aproveita para ganhar um trocado. Francisco é um dos que representam mais da metade dos catadores que seguem nas ruas durante os dias de folia. 

A catadora de latas não soube explicar o processo de vendas e a redação não obteve contato com a secretaria de assistência social da Prefeitura de Petrolina.

Em Juazeiro existe um projeto onde trabalhadores fazem parte da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Juazeiro (COOPERFITZ). Durante os três dias de folia, os trabalhadores arrecadaram mais de 3 toneladas de latinhas de alumínio, um aumento de 30% se comparado ao carnaval do ano passado 2019.

Um outro bom exemplo vem de Belo Horizonte e deveria ser seguido no restante do Brasil. Segundo dados da ANCAT (Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis), 54% dos credenciados para recolher os resíduos no trajeto dos blocos são mulheres. Já entre ambulantes, os profissionais do sexo feminino representam 47,7%, dos mais de 14 mil credenciados. 

A catadora faz parte do projeto da Cervejaria Ambev, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte e a Ancat, para recolher o lixo gerado nos desfiles dos principais blocos. O material reciclável será transformado em lixeiras que serão instaladas permanentemente na cidade, deixando um legado positivo e sustentável para os cidadãos.

De acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceu no Brasil a porcentagem de mulheres que sustentam o lar. De 2017 para 2018, o número de chefes de família do gênero feminino passou de 30,3 para 32,1 milhões.

Redação redeGN Blog Geraldo José

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