Diretoria da CDL Juazeiro e Petrolina aponta necessidade de abertura do comércio e vai discutir a situação com prefeitos

27 de Apr / 2020 às 12h33 | Coronavírus

São mais de 30 dias, motivados pelo decreto da Prefeitura de Juazeiro e Petrolina que as lojas do comércio estão fechadas. O comércio paralisado e sem movimentar a economia da região.

Funcionam os serviços considerados essenciais, exemplo: farmácias, mercadinhos, padarias, casas de rações e supermercados. A cobrança da Zona Azul também foi suspensa em Juazeiro.

A determinação de fechar o comércio em Juazeiro foi divulgado pela prefeitura municipal, após reunião do Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 e ao H1N1.

Em meio a incerteza e prejuízos, comerciantes de Juazeiro e Petrolina, estão tendo que se reinventar. Há um mês, os estabelecimentos estão de portas fechadas em função das medidas emergenciais para conter o avanço do novo coronavírus.

A reportagem da redeGN obteve informações de um balanço do comportamento do setor comercial de Juazeiro e Petrolina. O presidente da CDL, Murilo Matos, disse que uma reunião vai acontecer com o prefeito Paulo Bomfim.

Segundo dados da CDL Juazeiro, "a realidade aproximada do comércio em um mês de paralisação: deixou de girar no comércio aproximadamente R$ 16.500.000.

Serviços delivery: Em torno de 15% de empresas estão usando o sistema Delivery.

Desemprego: 55% das pequenas e microempresa demitiram 2 funcionários. 15% demitiram 3 funcionários. 3% das empresas demitiram acima de 3 funcionários.

Propostas: 1. Algumas empresas criaram sites virtuais para vendas, mas não foi possível ainda precisar um percentual.

2. Sistema Delivery numa crescente.

3. Renegociação de dívidas: muitas empresas buscando esse caminho para sobreviver.

4. Vendas em casa - empresas estão usando da criatividade nesse tempo de pandemia e vendendo alguns produtos em casa (ainda são situações isoladas).

Em contato com a reportagem da redeGN, na semana passada o diretor executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Petrolina, Valdivo Carvalho, avaliou neste primeiro mês, o comércio de Petrolina deixou de faturar mais de R$ 20 milhões. “É uma situação considerada muito grave. As demissões são altas e poderia ser pior caso não fosse posto em prática a antecipação das férias", revela Valdivo.

De acordo com o representante da CDL Petrolina, a recuperação do setor é incerta e lenta. “O primeiro semestre já está comprometido. A gente teme que o segundo seja comprometido de forma séria. O que a gente imagina é que as vendas desse ano serão negativas em relação ao ano passado. Ficarão em torno de 80%, 90% do que se vendeu ano passado”.

No último dia (20) o prefeito de Juazeiro, Paulo Bomfim estendeu as medidas de isolamento social até o dia 2 de maio, permanecendo abertos apenas os estabelecimentos que oferecem serviços essenciais, conforme consta no decreto. Além disso, determinou o fechamento das feiras e mercados, exceto o Mercado do Produtor de Juazeiro por ser uma central de abastecimento de alimentos. Os cultos e celebrações religiosas presenciais também estão proibidos.

“Tenho me reunido diariamente com o Comitê de Saúde, que conta com a secretária e médica Fabíola Ribeiro e com o assessor técnico da Sesau, o infectologista Washington Luís. A análise feita é a de que ainda não é hora de abrirmos mão do isolamento social. Somente através das medidas de prevenção poderemos conter a propagação desse vírus, e o sucesso dessa luta também depende da colaboração de toda a sociedade. Por isso, estendi o prazo do fechamento do comércio e de outros serviços não essenciais para o dia 2 de maio”, ressaltou.

Redação redeGN foto Ney Vital

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