Nota de R$ 200 completa um ano e comerciantes reclamam da pouca circulação

02 de Sep / 2021 às 12h45 | Variadas

A circulação das notas de R$ 200 completa um ano hoje (2) com cerca de 80 milhões de cédulas em circulação no país. Em valor, são R$ 16 bilhões, de acordo com dados do Banco Central (BC). À época, a criação da nova cédula teve o objetivo de resolver o problema da quantidade de dinheiro em circulação. 

Ao lançar a nota no passado, o BC informou que seriam produzidas 450 milhões de cédulas. Ou seja, desse total produzido, 17,8% estão em circulação. As demais cédulas produzidas estão armazenadas no BC.

Desde o ano passado, a primeira com um novo valor em 18 anos e que estampa o lobo-guará é assunto nas redes sociais e rodas de conversas.

Em conversa com a REDEGN muitas pessoas ainda não tiveram  o prazer de ter uma nota de duzentos reais nas mãos. 

A empresária Eliane Ferreira possui um mercadinho localizado na avenida Flaviano Guimarães diz que foram poucas as notas de duzentos reais que já viu circular no comércio local.  Numa rápida visita aos estabelecimentos a reportagem constatou o quanto é díficil a circulação da nota de duzentos reais.

Em relação às outras cédulas de real, as de R$ 200 representam 1,03% do total de notas em circulação (7,75 bilhões). A maioria das notas nas mãos dos brasileiros é de R$ 50, com mais de 2,1 bilhões de cédulas. As de R$ 100 são mais de 1,8 bilhão e em terceiro lugar estão as de R$ 2, com 1,5 bilhão.

O Banco Central informou que a circulação de novas cédulas é gradual. “A entrada em circulação da cédula de R$ 200 assim como aconteceria com qualquer outra nova denominação ocorre de forma gradual e de acordo com a demanda da sociedade. O ritmo de utilização da cédula de 200 reais vem evoluindo em linha com o esperado, e seguirá em emissão ao longo dos próximos exercícios”, disse o BC, em nota.

No lançamento da nova cédula, no ano passado, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a introdução da nova cédula era fundamental para evitar um eventual desabastecimento do papel-moeda frente ao aumento da demanda por dinheiro em espécie desde o início da pandemia de covid-19.

Para o economista e professor da Fundação Getulio Vargas, Mauro Rochlin, a digitalização dos meios de pagamento pode ser um dos motivos para a nova moeda não ter entrado com maior força no mercado.

“À medida em que há maior bancarização da população, os meios de pagamento mais difundidos, o dinheiro passa a circular menos”, aponta.

Redação redeGN Fotos Ney Vital

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