ESPAÇO DO LEITOR: EM PRETO E BRANCO, NOSSA CIDADE OITO ANOS DEPOIS.

23 de Feb / 2016 às 23h00 | Espaço do Leitor

Recentemente a imprensa com destaque noticiou um convite da centenária Associação Comercial da Bahia a Prefeitura de Juazeiro para apresentar as nossas potencialidades ao empresariado soteropolitano. Num primeiro olhar reconhecemos tratar-se de uma oportunidade ímpar para promover e divulgar a nossa cidade como um polo importante de desenvolvimento no Estado e tentar nesse momento de crise atrair novos prováveis investidores. A nossa alegria e otimismo se esgota quando nos debruçamos com a nossa triste realidade e numa forma simples de traduzir essa nossa preocupação não seria impertinente fazermos uma analogia ao comportamento de uma dona de casa quando surpreendida por visitas inesperadas, está com a sua residência virada de cabeça para baixo, totalmente suja e desarrumada.

Leitores amigos, vejamos se tenho razão e para tanto os convido para fazermos um passeio pela JUAZEIRO DA MUDANÇA oito anos após acreditarmos nas propostas de um empresário até então aparentemente bem sucedido que se escondia por trás da caricatura de um falso aboiador, ainda sem gibão e chapéu de couro; se chegarmos a Juazeiro pela BR 407 somos inicialmente surpreendidos por uma imponente edificação que pelo formato arquitetônico logo nos remete a um SHOPPING CENTER prestes a ser inaugurado, a primeira boa impressão fica por aí, se tiver chovido nesse dia veremos a imponente construção ilhada e o que fica evidente é que  houve erro de engenharia na sua implantação erguendo-o numa cota inferior as principais vias de acesso ou é a natural falta de infraestrutura de drenagem em toda área do seu entorno. Seguimos em frente, já na segunda rotatória imaginamos estar diante de um condomínio favelizado e aí se estendermos as nossas curiosidades além dos muros sem rebocos, do gradil enferrujado e retorcido logo perceberemos tratar-se de um mercado, um entreposto de comercialização de frutas e outros produtos agrícolas. Mesmo decepcionados com o visual sabemos que graças a pujança da nossa atividade agrícola, em meio aquele ambiente degradado, sujo e malcheiroso funciona um dos maiores centros de abastecimento hortifrutícolas do Brasil, o nosso MERCADO DO PRODUTOR e que apesar de movimentar milhões de reais em negócios, as taxas e tributos ali recolhidos fazem parte dos muitos negócios sombrios e mal explicados da municipalidade.

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Marizalda Alves - Cidadã juazeirense e de olho na política de Juazeiro

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