ESPAÇO DO LEITOR: LIXÃO A CÉU ABERTO NO MORADA DO RIO

03 de May / 2016 às 20h24 | Espaço do Leitor

Era para ser apenas o que são: lotes abandonados no bairro Cajueiro. Contudo, há muito que deixou de ser. Transformou-se, na verdade, em um lixão, que não para de crescer. Cotidianamente, seja pela manhã ou tarde ou noite, carrinhos de mão, motos, carroças, cabines duplas, camionetes, carros de passeio e até caminhões, despejam carradas e mais carradas de lixo.

O que se vê amontoado e se acumulando vai de restos de podas, papel velho, livros e cadernos rasgados, CDS, DVDS, discos de vinil, entulhos, areia, copos plásticos, Tvs, cadeiras, sofás, geladeiras, filtros de barro, vasos sanitários, cadáver de animais, restos de comidas...

Ante a ausência de ações efetivas do serviço de fiscalização do órgão competente da prefeitura municipal, o problema só se agrava. Abarrotados os lotes particulares, a sujeira passou a ser espalhada pelas vias públicas, a ponto das ruas, há muito, deixarem de ser demarcadas pelos meio fios e adquirirem limites diferentes ao longo do dia: Pela manhã é um e, à tardinha, conforme o despejo do lixo, é outro.

Para os moradores, a indignação é um sentimento que só cresce ao verem a sujeira se acercar das proximidades de suas residências de forma tão desrespeitosa. Alguns que tiveram a oportunidade de flagrar os sujões no ato de sujar, viram o desgaste e o risco que é confrontá-los, argumentar direitos de cidadãos.

Não é menor o sentimento de revolta com relação à prefeitura. Reconhece-se que, em algum tempo passado, funcionários e máquinas da secretaria competente fizeram a limpeza do local. Medida que, contudo, revelou-se paliativa porque não demorou o retorno ao despejo de tudo quanto é tipo, a despeito de reclamações diversas.

Já chegaram a confrontar que tiveram a oportunidade de flagrar, não querem nas suas residências nem nas suas ruas. Sem a mínima repreensão por parte do poder público, que sequer age para fazer valer a legislação que obriga proprietários a murarem seus lotes, os moradores assistem diuturnamente. Totalmente livres de mínima ação de repreensão por parte do poder público, como se evidencia, os sujões têm descarregado, já se aproximam de áreas próximas à margem do rio São Francisco.

O ritual de desrespeito para dispor como quiserem das suas sujeiras quando se sai de casa pela manhã e se retorna para a residência à noite: Abarrotados de sujeiras, os lotes particulares passaram a ser preteridos agora pelas vias públicas: em vários locais, a demarcação das ruas deixou de ser o meio fio e os motoristas têm que se esforçar com a frequência de despejo da sujeira não mais apenas nos lotes particulares, mas, também, entupindo as vias públicas, num desrespeito que não livra sequer a margem do rio São Francisco.

Prefeitura faz mas some.

Moradores sujeito ao risco da agressividade dos que sujam.

As queixas dos moradores

É tanta falta de educação e frequente omissão dos serviços de fiscalização do poder público param na área e despejam o que incrementado pela falta de educação, a desregulação de serviços e, principalmente, a omissão do poder público.

JOSIEL CALAZANS ENGENHEIRO CIVIL MORADOR

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