As 50 cidades que mais criaram empregos no 1º semestre. Juazeiro é a 9ª e Petrolina a 40ª

24 de Jul / 2017 às 06h00 | Variadas

No primeiro semestre deste ano foram criadas mais de 67,3 mil vagas de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho. Desde 2014, o Brasil não gozava de resultados positivos para o período. No acumulado do ano passado, o país eliminou mais de 1,3 milhão postos de trabalho – o segundo pior ano de toda a série história do Caged, que tem início em 2002. O pior resultado foi em 2015, quando 1,54 milhão de brasileiros perderam seus empregos.

Apesar do resultado modesto, a retomada do mercado de trabalho só foi possível devido ao destaque de algumas cidades. É o caso de Franca, município do interior de São Paulo, que criou seis mil vagas de janeiro a junho deste ano e garantiu o primeiro lugar no ranking de geração de emprego.

A liderança é impulsionada principalmente pela indústria calçadista, responsável por 36,1% da produção estadual de calçados – principal fonte da economia da cidade. Com 4.646 vagas abertas, o setor de indústria de transformação foi o que mais contratou no primeiro semestre. O comércio, por sua vez, registrou o pior resultado de Franca (SP) no período, com a demissão de 108 trabalhadores com carteira assinada.

A tendência positiva foi acompanhada pelas cidades de Bebedouro (SP), Santa Cruz do Sul (RS) e Venâncio Aires (RS) – todas com menos de 150 mil habitantes. Até junho, o número de vagas abertas nesses locais foi de 5.080, 5.078 e 4.660, respectivamente.

Efeito da crise

A crise econômica no país, que tem afetado as contas públicas desde meados de 2014, fez o Brasil atingir níveis recordes de desemprego.

No primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego continuou em alta e fechou os três primeiros meses de 2017 com mais de 14,2 milhões de pessoas desempregadas, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. O resultado registrou um novo recorde histórico desde o início do levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012.

Na contramão da crise, algumas cidades aceleraram nas contratações. No cálculo de 2014 até 2016, Goiana, em Pernambuco, abriu 4.615 vagas formais de trabalho. Outros 45 municípios brasileiros conseguiram oferecer, pelo menos, mil postos de trabalho no período.

Veja as cidades que mais criaram vagas no 1º semestre de 2017 e os setores que mais impulsionaram as contratações.

Ranking        Município     Empregos Jan/Jun 2017  Setor que mais gerou empregos

1º       Franca (SP)  6001  Indústria – 4.646

2º       Bebedouro (SP)     5080  Agropecuária – 5.205

3º       Santa Cruz do Sul (RS)     5078  Indústria – 5.227

4º       Venâncio Aires (RS)          4660  Indústria – 4.611

5º       Goiânia (GO)           4454  Serviços – 2.839

6º       Joinville (SC)            3364  Indústria – 1.553

7º       Pontal (SP)   3076  Indústria – 1.565

8º       Cristalina (GO)        3074  Agropecuária – 2.700

9º       Juazeiro (BA)          3051  Indústria – 1.928

10º     Nova Serrana (MG)          3009  Indústria – 2.492

11º     Goianésia (GO)       2695  Indústria – 1.670

12º     Matão (SP)  2675  Agropecuária – 2.096

13º     Patrocínio (MG)     2517  Agropecuária – 1.641

14º     Blumenau (SC)       2462  Indústria – 1.623

15º     Sp-Colômbia (SP)  2262  Agropecuária – 2.184

16º     Mogi-Guaçu (SP)   2207  Agropecuária – 2.022

17º     Vista Alegre do Alto (SP) 1867  Indústria – 1.930

18º     Rio Verde (GO)       1843  Indústria – 730

19º     Pirassununga (SP) 1827  Agropecuária – 1.342

20º     Birigui (SP)   1784  Indústria – 1.456

21º     Alfenas (MG)          1758  Agropecuária – 1.268

22º     São Jose do Rio Preto (SP)          1739  Serviços – 2.098

23º     Aparecida de Goiânia (GO)        1734  Serviços – 1.026

24º     Luis Eduardo Magalhães (BA)    1706  Serviços – 946

25º     Luis Antonio (SP)   1692  Agropecuária – 1.429

26º     Brusque (SC)           1685  Indústria – 1.034

27º     Campos dos Goytacazes (RJ)     1658  Agropecuária – 2.263

28º     Guaíra (SP)  1625  Indústria – 1.327

29º     Botucatu (SP)         1614  Agropecuária – 1.534

30º     Campestre do Maranhão (MA) 1603  Agropecuária – 1.315

31º     Três Pontas (MG)  1562  Agropecuária – 1.183

32º     Comendador Gomes (MG)         1525  Agropecuária – 1.524

33º     Rondonópolis (MT)           1521  Serviços – 774

34º     Primavera do Leste (MT) 1479  Serviços – 679

35º     Pato Branco (PR)   1474  Indústria – 990

36º     São Jose (SC)           1452  Serviços – 1.234

37º     Chapecó (SC)          1445  Indústria – 894

38º     Cascavel (PR)          1416  Indústria – 824

39º     Inhumas (GO)         1410  Indústria – 1.256

40º     Petrolina (PE)         1377  Agropecuária – 1.848

41º     Maringá (PR)          1374  Serviços – 824

42º     Itapaci (GO) 1353  Indústria – 1.234

43º     Patos de Minas (MG)       1311  Agropecuária – 521

44º     Timbó (SC)   1282  Administração Pública – 558

45º     Eunápolis (BA)        1270  Agropecuária – 1.425

46º     Limeira (SP) 1263  Indústria – 952

47º     Jaraguá do Sul (SC)           1260  Indústria – 852

48º     Barra Bonita (SP)   1258  Serviços – 687

49º     Sorriso (MT)            1242  Serviços – 331

50º     União (PI)     1235  Indústria – 1.003

Fonte: Revista Exame

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