UM CONTO DE INVERNO...

01 de Aug / 2017 às 10h00 | Espaço do Leitor

Quem diria que um apaixonado pelo sol, optasse nessa semana a escrever sobre o tempo nublado e cinzento que tem sido esse inverno...! Quem diria, um apreciador da cor azul, sendo rendido ao cinza predominante nesses dias, logo aqui onde o sol é nosso rei e fonte de riqueza, que não preciso desenhar para quem está lendo, entender e compreender...!!!

Saindo por aí, vamos vendo pessoas super bem agasalhadas e outras sem nada ter e, principalmente, sem saber para onde ir quando a noite cair... Vamos assistindo a um desfile de guarda-roupas, enquanto outros vão procurando os viadutos e as marquises para se protegerem até mesmo de uma neblina não muito nossa conhecida...

E assim tem sido esse “inverno rigoroso” como dizem os mais antigos. E bota rigoroso nisso, que o diga lá pelas 23 horas, onde as nuvens tem ficado densas e um vento gelado a nos fazer sentir uma vontade sem fim de chegar logo em casa... Que o digam aqueles que procuram as emergências, onde dói ver tanta gente sentindo frio pelo corpo doente...

Que o digam as sentinelas que ao longo da madrugada se revezam nos quartéis vendo a noite fria passar pela janela. Que o digam os trabalhadores da noite que só voltam para casa depois de atendido o último cliente feliz da vida com a sua noitada...

Quem sai por aí logo percebe e entende o que estou dizendo, e quem fica calado sem dúvidas sente mais frio, que não é o meu caso, porque a minha única frieza é mencionar a verdade doa onde doer. Essa bandeira em favor das pessoas não podemos jamais prescindir...

Mira a ilustração um sol tímido e sem ação, lá longe no firmamento, como nesses dias vividos, que, certamente, tem marcado tanta gente, uns pela saudade, outros pela distância, e até mesmo aqueles que próximos e aconchegados não tem conseguido superar esses graus diminutos marcados nos termômetros de forma tão incomum...

Mas, como sempre busco o melhor das pessoas, foi visto nesses dias grupos preocupados na distribuição de sopas e cobertores, e até inaugurações de espaços e abrigos para acolher quem nada tem e vivem ao léu sem saber para onde ir, a essas pessoas de bom coração e uma bondade sem fim, minha reverencia...!!!

Tem mais? Tem sim... Tem também os profissionais das barquinhas, que tem dado o seu melhor, nesses dias complicados onde seu instrumento de trabalho vem encalhando nos montes de areia de um rio assoreado e necessitado de socorro, muitas vezes assustando a tantos passageiros... E tem ainda aqueles que passam a noite por aí em rondas pela cidade, bem como, os Bombeiros e as Brigadas que, tanto trabalho tiveram sábado passado, para debelar aquela real irresponsabilidade pelo fogo ateado num canavial aqui bem perto...

Não posso finalizar sem aplaudir a parceria que eu vi entre a Secretaria de Saúde Municipal e o Rotary Clube de Juazeiro, naquela ação conjunta, lá em plena Praça, no Dia de Luta contra as hepatites virais.

Como podem ver esse Conto de Inverno não foi apenas para falar do frio de uma mera estação climática, mas, foi preciso ir além do horizonte onde tudo parece não ter mais fim, mas, lá é sempre um recomeço dependendo do seu olhar, como na imagem que, languidamente, parece contemplar o infinito!

Dica de vida: “A todos, teu ouvido; a voz, a poucos.” (Shakespeare).

Acord@dinho – Apaixonado por Juazeiro e leitor assíduo do blog.

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