Princesa do Carnaval de Juazeiro acusa um dos jurados de ameaçá-la de agressão física. Jornalista nega e alega que sofreu agressões homofóbicas

22 de Jan / 2018 às 16h30 | Policial

“Ele me chamou feia, ridícula e negrinha e que eu precisava aprender a perder”. Acusa a atriz e bailarina Thaise Haila, 19 anos, uma das candidatas a Rainha do Carnaval de Juazeiro 2018. Ela foi eleita uma das Princesas. Em entrevista na Rádio Jornal Petrolina, Thaise Haila, acusou que foi ameaçada e "teve o rosto cuspido" por um dos jurados, Glauber Dantas, depois de uma festa neste domingo (21), em Juazeiro. Segundo ela, Glauber foi um dos jurados da escolha do Concurso Rainha do Carnaval de Juazeiro 2018 e ficou exaltado "depois de questionamentos sobre o resultado final do concurso".

"Ele me ameaçou de um murro na cara". Haila neste momento esta realizando um boletim de ocorrência na Delegacia, em Juazeiro.

O suposto motivo da discussão foi o final do concurso na noite desta sexta-feira (19) na praça de alimentação do Juá Garden Shopping quando foram conhecidos os membros da Corte Real: Rei Momo, a Rainha e as Princesas do Carnaval de Juazeiro 2018. A discussão ocorreu em bar da cidade de Juazeiro.

O Carnaval de Juazeiro acontece de 26 a 28 de janeiro e traz o tema O Brilho da Nossa Gente. A festa é uma realização da Prefeitura Municipal. Participaram do concurso: Regiane Machado (18), Ludimila Almeida (19), Tâmara Naiara Nascimento (22), Tamires Oliveira (24), Gabriela Morgado (20), e Mirelly Pereira (19); Tierry Ribeiro (27) e Dyógenes Luiz Pessoa (29). A premiação é de R$2.500 para Rainha e Rei Momo e R$1 mil para as princesas.

A VERSÃO DO JORNALISTA

Por meio de nota o jornalista Glauber Dantas, nega as acusações e diz estar sendo vítima de uma grande injustiça e que a atriz se dirigiu a ele, no restaurante, de forma agressiva e com termos homofóbicos.

Veja nota de Glauber Dantas:

“É impossível juntar todas as penas espalhadas pelo vento”, esta é a conclusão de um conto que sugere uma reflexão sobre os estragos que uma calúnia faz na vida de alguém.

Jornalista formado há 10 anos, jamais tive meu nome envolvido em qualquer escândalo ou polêmica. Sou por índole e formação, uma pessoa pacífica e discreta nos gestos e nas palavras.

Na manhã de hoje (22) fui surpreendido com uma avalanche de acusações falsas proferidas pela vencedora do terceiro lugar no concurso de rainha do carnaval de Juazeiro, do qual participei como jurado.

Minha acusadora, uma competente atriz, juntamente com o também ator e diretor de teatro Devilles Sena, utilizaram a imprensa e as redes sociais, me acusando de racismo e espalhando inverdades de um fato que aconteceu ontem em um restaurante em que eu estava com amigos.

Insatisfeita com o resultado do concurso, Thaíse Haila, me abordou no referido restaurante, de forma agressiva e bastante exaltada, utilizando-se de termos chulos e da minha orientação sexual, como tentativa de me desqualificar.

Apesar do constrangimento público que sofri, tentei manter o equilíbrio diante das palavras ofensivas proferidas pela atriz e apenas reagi, dizendo a ela que era digno aceitar uma derrota e que a atitude de revolta da mesma, revelava um espirito imaturo e desequilibrado.

A atriz chegou ao ponto de fazer uma acusação grave contra mim, quando afirmou que eu teria recebido “propina” da gestão municipal para manipular o resultado do concurso, em favor da candidata eleita a rainha do carnaval.

Registro que Deviles Sena já havia se manifestado, de forma raivosa, contra o resultado do concurso em vídeos publicados nas redes sociais. O conhecido ator, estava comandando a torcida de Thaíse Haila, atriz do seu grupo de teatro.

Em tempo, ressalto que como apresentador de dois programas que abordam o carnaval de Juazeiro, tive a oportunidade de entrevistar a atriz, como candidata ao título e sempre fui respeitoso e atencioso com ela, assim como com as demais. Também durante o evento “Feijoada do Dadau”, para o qual presto assessoria, dispensei total atenção a candidata que integrava a corte real da folia momesca, acompanhando-a no camarim dos artistas para sessão de fotos e também no palco, onde a mesma desfilou.

Tenho minha consciência tranquila de que em NENHUM momento proferi qualquer termo que caracterize injúria racial, porque sou um combatente de qualquer forma de preconceito e discriminação.

Ao que parece, a atriz, levianamente e de forma injusta, está querendo ganhar notoriedade na mídia, se valendo de acusações falsas e me colocando como “bode expiatório” da sua frustração de não conseguir o título de rainha do carnaval por duas vezes consecutivas.

Informo que já estou adotando as providências legais, na tentativa de fazer valer a lei que trata de crimes contra a honra das pessoas, previstos judicialmente pelo Direito Brasileiro, no Código Penal (CP).

A acusadora não apresenta nenhuma prova da acusação feita contra mim, diga-se de passagem.

Não cometi nenhum crime e disso sou convicto. Não sou racista, afirmo categoricamente e provo com atitudes.

A atriz, no entanto, foi notadamente homofóbica, quando proferiu termos preconceituosos contra mim e isso eu posso provar através de testemunhas. Que crime ela teria cometido?

Agradeço as manifestações de apoio que tenho recebido daqueles que conhecem meus princípios e também da minha família, que vem sendo atingida com esta atitude irresponsável de macular a minha imagem e fazer um linchamento moral pelas redes sociais.

Concluo, parafraseando o livro de Salmos 50.19 e 20 “Vocês estão sempre prontos para dizer coisas más e não pensam duas vezes antes de pregar mentiras. Estão sempre acusando os seus irmãos e espalhando calúnias a respeito deles”.

Glauber Dantas, jornalista

Redação Blog com informações Rádio Jornal

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