Placa indicando divisa Bahia/Pernambuco ainda não foi retirada e tema ganha repercussão nas redes sociais

A demarcação que gerou polêmica coloca parte da orla de Juazeiro no território de Petrolina

O tema, que já foi motivo de polêmica em outras oportunidades, sobre a demarcação da área territorial da Bahia e Pernambuco, entre Juazeiro e Petrolina, voltou a pauta mais uma vez após o deputado Aleluia, do DEM, emitir uma crítica à gestão do prefeito Paulo Bonfim, por não ter contestado o DNIT de Pernambuco, que colocou uma placa na Orla de Juazeiro, informando ser ali a divisa entre os dois estados.

"A mais nova placa do DNIT na Ponte Presidente Dutra coloca o limite entre Bahia e Pernambuco já na Orla de Juazeiro. Pernambuco está abocanhando as ilhas do rio e, "de quebra", ainda levando o Parque Fluvial que beira a cidade baiana”, escreveu o deputado Aleluia em nota encaminhada ao Blog Geraldo José, acrescentando ainda que "Parece piada, mas até limite territorial a Prefeitura de Juazeiro estava fazendo a Bahia perder. Essa polêmica já existiu na década de 90 e agora voltou simbolizando o atual cenário político. Juazeiro não pode ser tratada como periferia de Petrolina e a Bahia não é menos dona do Rio São Francisco do que Pernambuco", escreveu.

A crítica do deputado imediatamente ganhou repercussão e a prefeitura, também em nota encaminhada ao Blog, informou que “Diante da polêmica da mudança da placa que estabelece o limite entre as cidades de Juazeiro e Petrolina, o prefeito Paulo Bomfim fez contato com Amauri Sousa Lima, Superintendente Regional do DNIT no Estado da Bahia”, cobrando explicações sobre o fato.

Tanto o prefeito de Juazeiro, quanto o deputado Aleluia, informaram ter contatado o DNIT, com garantias de que a placa seria removida ainda nesta quinta-feira, fato que não se concretizou. 

Nas redes sociais o fato ganhou repercussão e ares de disputa política, com acusações de lado a lado, de inércia ou de oportunismo. Um internauta chegou a insinuar que a colocação da placa “poderia ter sido uma conspiração dos golpistas e uma ação de Temer”. 

Outro leitor escreveu, com ares de historiador: “O RIO SÃO FRANCISCO quando Duarte Coelho recebeu 60 léguas de terras na Costa do Brasil, em 10 de março de 1534, recebeu o Rio São Francisco com todas as Ilhas e o direito de passagem. Em 1824 desmembraram a Comarca do São Francisco em represália a Revolução do Equador. Do que sobrou de Pau da História até a barra do Moxotó, a jurisdição de Pernambuco é de margem a margem. Diniz Cavalcanti prefeito de Petrolina-PE, foi quem chamou Arnaldo, ex-prefeito de juazeiro, para dividir a despesa da iluminação da Ponte e combinaram para botar a placa no meio da ponte para saber até onde ia a despesa de cada um”, historiou.

Em que pese o DNIT pernambucano não ter se manifestado publicamente sob o assunto, as informações colhidas junto ao DNIT baiano dão conta que o órgão em Pernambuco já teria reconhecido o erro e estaria retirando a placa, o que, até a publicação desta matéria, ainda não havia se concretizado.

Da redação Blog Geraldo José