Artigo - O risco de uma 'pandemia antissocial'

A política do quanto pior melhor pregada insistentemente e de forma irresponsável tem contribuído para a disseminação do ódio exacerbado e da violência desenfreada. Como numa espécie de 'pandemia antissocial' o brasileiro corre o risco de perder o status de 'povo ordeiro' e 'boa praça'. A banalização do errado em detrimento ao que é correto tem causado prejuízos e, o pior, seus resquícios podem causar danos irreparáveis ao país.

O caminho a ser seguido é uma opção individual, uma decisão pessoal tomada geralmente por quem possui a opinião formada naquilo que acredita. Isso é fato, mas não significa necessariamente que não possa haver ingerências externas e alheias ao que foi pregado no início e durante a caminhada. Como os ventos que têm o poder de modificar constantemente as paisagens ao esculpir rochas e formar dunas, as escolhas tomadas na vida também bailam e dependendo do que se escolheu os resultados podem oscilar para o positivo ou negativo, atingindo consequentemente não um mas diversos indivíduos.

Confiar o voto a um postulante a qualquer cargo eletivo é uma das maiores responsabilidades da vida de um cidadão, pois envolve uma série de prerrogativas. A seriedade de um voto é tamanha que qualquer 'erro de percurso' pode comprometer a manutenção e o fornecimento de serviços essenciais para a garantia da sobrevivência de uma nação.

Não serão aceitas desculpas esfarrapadas depois do 'leite derramado', pois, com o advento da internet, principalmente das redes sociais, o acesso aos programas de governo, a história política e até mesmo pessoal dos candidatos são facilmente encontrados. Falta de conhecimento não será o problema.

As eleições determinam o futuro das cidades, dos estados e do país, portanto é fundamental que cada eleitor faça a sua opção de modo consciente e com seriedade. O eleitor tem em suas mãos um importante instrumento de mudança política e social: o voto.

Os dias destinados à realização das eleições representam um dos raros momentos em que todos se igualam, pois não há diferença de raça, sexo, condição financeira, classe ou grupo social, já que existe igualdade de valor no voto dado por cada cidadão. Diante da liberdade e da igualdade no exercício da soberania popular, é fundamental que o voto seja consciente, pois esse é um fator preponderante para que se alcance um resultado satisfatório no pleito.

No momento do voto é importante lembrar que o falso moralista procura camuflar e transparecer que é um moralista, ético..., mas na verdade é um hipócrita.  

Por Gervásio Lima

Jornalista e historiador