ARTIGO: UMA EDUCAÇÃO COM MENOS BRASÍLIA E MAIS BRASIL

Depois de muitas informações e desinformações finalmente o presidente eleito Jair Bolsonaro bate o martelo e define seu ministro da educação. É o Doutor em Filosofia RICARDO VÉLEZ RODRÍGUEZ, nascido na Colômbia, mas já radicado no Brasil há muito tempo, é filósofo e professor de escola de Comando do Estado Maior do Exército. Vélez vinha se destacando por seus livros sobre o fenômeno do patrimonialismo na América Latina, suas críticas à pedagogia de Paulo Freire e ao modelo petista de governar. A escolha de Bolsonaro priorizou dessa vez um nome que seria classificado como "mais ideológico e menos técnico".

Bolsonaro disse que o PNE (Programa Nacional de Educação) deve ter "menos Brasília – que é a famosa politicagem, e, mais Brasil – realidade e necessidade." Se formos analisar por essa premissa vemos que a atual educação não alcança de forma eficiente as diferentes realidades de nossas crianças e jovens em nosso país. A indicação de Vélez foi do internacionalmente renomado Professor de Filosofia Olavo de Carvalho: "Aceitei a indicação movido em tornar realidade no terreno do MEC, a proposta de governo externada pelo candidato Jair Bolsonaro que tem como tarefa essencial recolocar os ensinos básico e fundamental a serviço das pessoas." Declarou.

E A NOSSA REALIDADE AQUI NO NORDESTE?

Nossa região vem sofrendo durante décadas com a precariedade do ensino fundamental e médio. A prova disso são as notas do ENEM nas duas décadas passadas, onde se vê numa pesquisa por região o nordeste figurando nos últimos lugares da classificação. É óbvio que além das nossas escolas caindo aos pedaços em algumas regiões interioranas, professores mal preparados e remunerados, percebemos também que o "ciclo Lulopetista" do derradeiro governo federal praticamente desmontou essas instituições republicanas. É preciso limpar todo o entulho marxista que tomou conta das propostas do MEC.

Há dias atrás, ao comentar os planos para o Ministério da Educação, Bolsonaro afirmou que o Ministro da Educação tem que alguém com autoridade, capaz de entender que o Brasil é um país conservador. Isso faz sentido porque nas escolas norte americanas e europeias se prioriza mais o ensino de idiomas, ciências biológicas, ciências matemáticas e estudos sociais. Não há espaço para ficar debatendo sobre sexo, ideologias de gênero, doutrinação esquerdista e outras coisas mais. São as Universidades de fato que têm a liberdade de Cátedra e o espaço da pluralidade de ideias para que essas discussões tenham cunho social e peso na formação dos cidadãos.

A verdade é que nossa educação está em crise. Desde a invenção da escola moderna, raros foram os momentos em que a "função" da escola não estivesse sendo questionada e sofrendo tentativas de servir aos mais diversos e diferidos fins. Na prática, o conhecimento que a escola é capaz de transmitir aos seus alunos (ou construir com eles) provavelmente terá muita influência direta nas suas atividades futuras se fizermos esse "dever de casa" de Vélez. Precisamos sim preparar jovens competitivos para o mercado de trabalho e parar de vez com essas problematizações de cunho social, onde sobra dúvida, conflitos e confusão. Será que o modelo atual tem formado gênios?

Segue o fluxo gente amiga!

ERRY JUSTO

Radialista e Jornalista