Mulheres trabalhadoras rurais participam de encontro regional de mobilização para a Marcha das Margaridas 2019

A análise dos impactos da reforma da previdência para o público feminino rural, a violência doméstica e a mobilização para a 6ª Marcha das Margaridas 2019 foram os principais eixos temáticos do Encontro Regional de Mulheres Trabalhadoras, que aconteceu nesta quinta-feira (28), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Juazeiro (STRJ).

De acordo com informações da comissão organizadora, cerca de 100 mulheres, agricultoras familiares, assalariadas e dirigentes sindicais do Vale do São Francisco participaram do ato. O encontro foi marcado pelo lançamento da 6ª Marcha das Margaridas 2019, que acontecerá nos dias 13 e 14 de agosto, em Brasília.

 A marcha homenageia a líder sindical Margarida Maria Alves, assassinada em 1983, enquanto lutava pelo direito dos/das trabalhadores/as na Paraíba. Em seu sexto ano de ação, a Marcha tem reunido agricultoras, quilombolas, indígenas, pescadoras e extrativistas de todo o país.

“Precisamos manter as mulheres mobilizadas para participarmos da Marcha, fortalecendo assim as nossas lutas, a partir da discussão de questões que ocorrem em nosso cotidiano”, afirmou a dirigente do STRJ Regina Lúcia Vieira.

A violência contra a mulher, as formas de combate também estiveram presentes entre os temas de debatidos no encontro regional, além da discussão a respeito dos impactos da reforma da previdência. A proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019, poderá trazer sérios prejuízos para as mulheres. A nova reforma prever o aumento da idade mínima para o recebimento do beneficio e a redução do valor que é pago atualmente.

A secretária da terceira idade da Contag, Josefa Rita, alertou sobre os prejuízos que essa proposta poderá trazer para mulheres trabalhadoras rurais. “As trabalhadoras rurais, que se aposentavam com idade mínima de 55 anos, passarão a receber o benefício a partir dos 62 anos. Esse é um grande retrocesso e uma violência contra nós, mulheres agricultoras, que seremos penalizadas, com mais anos de trabalho”, explicou Josefa Rita.

“A reforma da previdência representa uma grande ameaça para as mulheres. Precisamos garantir aposentadoria digna e justa para os trabalhadores e trabalhadoras e que possamos nos manter unidos e encorajados para o enfrentamento”. Afirmou o vereador licenciado e diretor executivo da AMA, Agnaldo Meira, que também esteve presente no evento.    

O Encontro Regional de Mulheres Trabalhadoras, Marcha das Margaridas contou com a presença dos sindicatos rurais de Curaçá, Juazeiro, Sobradinho, Casa Nova, Capim Grosso, do Sindicato dos Comerciários de Juazeiro e Região, da CONTAG, da FETAG-BA e da CTB.

Ascom Vereador Agnaldo Meira