Instituto Federal de Petrolina tem energia cortada por falta de pagamento, repasse do Governo Federal é insuficiente 

Com exclusividade este Blog Geraldo José, informa que no início da tarde desta quinta-feira (11) o Instituto Federal do Sertão Pernambuco (IFSertão), Campus Zona Rural Petrolina teve a energia elétrica cortada, devido ao não pagamento de contas/faturas.  O fornecimento de energia cortado prejudica neste momento os estudantes que residem no Campus. A situação é dramática. 

Nos últimos meses, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e os Institutos Federais tem enfrentado dificuldades para manter serviços básicos, como pagamento em dia de contas de água e luz, em razão da crise econômica e do corte orçamentário promovido pelo governo federal.

A redação do Blog apurou que a falta de pagamento das contas de energia ocorreu devido o repasse do Governo Federal ser insuficiente para arcar com as despesas básicas. O IFSertão Campus Zona Rural tem uma característica peculiar, além de estar localizado na Zona Rural, mantem alunos que residem na sede da escola e fazem três refeições e o gestor então precisa escolher quais as prioridades e neste caso a alimentação é essencial.

Até o momento a direção do IFSertão Campus Zona Rural não enviou comunicado sobre quais medidas devem ser tomadas.

Antônio Gonçalves, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), aponta que esse corte no Orçamento da União, em especial nos recursos das políticas sociais, é um reflexo da emenda constitucional e também um aprofundamento da política de desmonte do Estado, que vem sendo intensificada pelo governo Bolsonaro.

Segundo ele, a medida compromete profundamente a prestação de serviços públicos para a população. Isso permitirá também a intensificação do processo de mercantilização e privatização da Sáude, Educação e Ciência e Tecnologia, por exemplo.

O decreto 9.741, publicado em edição extra do Diário Oficial da União, contingenciou R$ 29,582 bilhões do Orçamento Federal de 2019. Com isso, a Educação perdeu R$ 5,839 bilhões, cerca de 25% do previsto. Com o corte, os recursos disponíveis para gastos com custeio e investimentos em Educação caíram para R$ 17,793 bilhões. 

As despesas discricionárias englobam desde os investimentos em universidades federais até compra de insumos básicos para o funcionamento dos serviços públicos.

Redação Blog