HDM/IMIP de Petrolina alerta aos pais e responsáveis sobre o aumento do número de acidentes domésticos no período de férias

De acordo com dados do Ministério da Saúde, ao ano, 110 mil crianças são hospitalizadas em razão de acidentes domésticos, sendo o período de férias responsável pelo aumento de 25% no total. Em geral isso acontece porque as crianças tendem a ficar mais agitadas e cheias de energia devido ao maior tempo livre em casa.

Então, para prevenir situações de perigo (como queimaduras, quedas, fraturas, asfixias e afogamentos) durante as férias e garantir a diversão é preciso seguir algumas recomendações. É claro que não dá para evitar todos os incidentes, mas há maneiras e atitudes que ajudam na prevenção dessas eventualidades, como adotar protetores de tomadas para evitar choques elétricos – assim como manter ocultos os fios dos aparelhos eletrodomésticos.

Janelas devem sempre estar protegidas por grades ou telas, sem móveis próximos, para evitar as quedas. A cozinha é o lugar mais perigoso da casa, por isso, a criançada deve manter distância do fogão e do forno. Os cabos das panelas devem estar virados para dentro e o gás desligado quando não estiver em uso.

Os armários têm que ser fixados à parede e os objetos cortantes, como os talheres, devem ficar fora do alcance das crianças. No banheiro, é aconselhável que o piso seja antiderrapante para evitar queda, que o vaso sanitário fique com a tampa abaixada e os produtos de higiene/limpeza em lugares altos. É importante lembrar-se de nunca usar embalagens, como garrafas de refrigerante, para armazenar produtos não alimentícios.

O banho de chuva, comum no verão, também deve ser evitado, pois apesar de ser uma das atividades mais divertidas e irresistíveis que existe para qualquer criança, muitas vezes representa perigo. Além dos raios, é preciso estar atento ao poder das rajadas de vento, inundações e doenças ocasionadas pelas águas contaminadas.

Há, ainda, muitas outras pequenas atitudes que previnem acidentes, como adotar calçados anatômicos com solado antiderrapante, verificar os brinquedos para certificar-se de que não há partes que podem ser engolidas e retirar os tapetes e outros objetos que provocariam escorregões ou tropeções. Além disso, é recomendável estabelecer um bom diálogo com as crianças, buscando explicar os perigos de algumas situações.

Se o acidente não puder ser evitado saiba o que fazer em situações como:

Sufocamento e asfixia: Se, ao engolir um alimento ou algum outro item, a criança estiver tossindo, a orientação é ficar perto e esperar até que ela consiga expelir sozinha o objeto estranho. Caso isso não aconteça e o pequeno fique pálido, é preciso chamar o resgate o mais rápido possível e procurar alguém que saiba fazer as devidas manobras de desengasgo e desobstrução das vias aéreas. Cuidado ao tentar tirar o objeto da boca da criança, pois existe o risco de empurrá-lo ainda mais.

Queda: Primeiro, segure a criança até que ela pare de chorar e observe sintomas diferentes do usual. Entre eles estão perda de consciência, palidez, vômitos, choro prolongado, alterações no comportamento (sonolência ou agitação excessivas) e dor no pescoço ou nas costas. Se houver algum sintoma mais importante ou uma parada respiratória deve-se imediatamente chamar o socorro. Se tiver no ambiente alguém apto, as manobras de ressuscitação devem ser iniciadas.

Afogamento: Remova a criança o quanto antes do local e deixe-a deitada. Chame o socorro imediatamente. É importante manter a criança aquecida, porque a hipotermia, que é a baixa temperatura, agrava os sintomas do afogamento.

Queimaduras: Na queimadura com fogo, a orientação é rolar a criança no chão para tentar apagar as chamas e, assim que estiver controlado, lavar com água e levar para o hospital. No caso da queimadura por escaldamento, enquanto busca a ajuda de um profissional da saúde, lave a área com bastante água corrente. Já em quadros de queimadura elétrica, o primeiro passo é desligar o interruptor da chave e, depois, afastar a vítima da corrente elétrica. O ideal é não encostar nela, porque você pode levar um choque também. Em seguida, chame socorro e certifique-se de que a criança está respirando – se não estiver, inicie as manobras de ressuscitação ou procure alguém que esteja apto a fazê-las.

Intoxicação: A primeira coisa que deve ser feita é ligar para o Centro de Controle de Intoxicação mais próximo de onde você estiver e descrever o que foi ingerido, em que quantidade e o horário em que o fato aconteceu. Enquanto a ajuda não chega, evite que o pequeno pule ou fique muito agitado. A criança de pé favorece que o agente tóxico desça mais rápido.

Cortes: Cortes de pequena proporção devem ser lavados com água e sabão. Se houver sangramento, pressione a área o máximo que puder e procure atendimento médico o mais rápido possível. Mordidas de animais: Lave o local com água e sabão e procure atendimento médico. Se possível, observe o animal para ver se ele não tem alguma doença.

Anna Monteiro-Hospital Dom Malan Imip