ACUNHARAM NO CUNHA! O JUIZ DO GOLPE É UM BANDIDO.

Gilberto Santana

O que venho dizendo em vários artigos se confirma agora com essa decisão: Eduardo Cunha é bandido, não tem qualquer legitimidade para conduzir o que quer que seja na Câmara dos Deputados. O afastamento de Eduardo Cunha do mandato de deputado e, consequentemente, da presidência da Câmara, divulgado na manhã desta quinta-feira (5) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi comemorado por democratas e progressistas de diversos setores do Movimento Social.

Principal operador do golpe, essa fraude grosseira chamada impeachment, sabotador da nação com as suas pautas-bomba e de todas as iniciativas contra o país geradas na Câmara dos Deputados, palhaço do circo de horrores na votação do último dia 17 de Abril, o homem que roubou para a empresa Jesus.com, se despede do picadeiro depois de se exceder em shows de arrogância em que insistia em desafiar o STF, a presidência da República, os deputados lúcidos e os brasileiros ainda não contaminados pela admiração aos canalhas, por serem espertos e conseguirem levar vantagem em tudo.

Cunha é acusado de ter se beneficiado com pelo menos US$ 5 milhões em propinas de contratos da Petrobras. Já está provado que o dinheiro estava em contas não declaradas em um banco suíço. Além disso, o nome de Eduardo Cunha aparece em diversas delações premiadas.

Que esse afastamento se consolide, que venha a cadeia e que a gente possa virar essa página triste de um poder da República patético e usurpador, como a Câmara, comandado por quem não tem nenhuma legitimidade para fazê-lo. A saída de Cunha definitivamente desmascara o golpe. O juiz do golpe é um bandido, é o líder de uma organização criminosa, a decisão da Suprema Corte marca um dia histórico para o Brasil.

A saída de Cunha não “limpa o golpe”, porque ele continua “colado com Michel Temer”. Sempre denunciamos que o comandante do golpe é exatamente este político globeleza: corrupto, acusado, investigado, que bloqueia a sua investigação, que bloqueia o Conselho de Ética, que quer impedir que seu processo chegue à cassação, que fez todas as manobras para tentar cassar a presidenta Dilma. É este o aliado de Temer, que continua montando o governo com Michel Traidor, indicando nomes para a equipe de governo, aliás, o ministério do Temer mais parece com um posto de combustível, só tem nomes da lava jato. Seu programa “Ponte para o futuro” pode ser chamado de “Atalho para o abismo”, pois acaba com as conquistas sociais e apresenta a fatura do pato da Fiesp para a classe trabalhadora.

Resta saber se há espaço para se questionar o prosseguimento do processo de impeachment, já que ele foi deflagrado pelo mesmo Eduardo Cunha, pastor puritano que foi confirmado como "delinquente" pelo ministro Teori Zavascki. O STF deve confirmar no plenário seu afastamento, tal é a folha corrida desse bandido, motivo de indignação de cidadãos dos quatro cantos do mundo, admiradores da pujança brasileira, não entendiam como um delinquente poderia continuar sentado no alto posto que ocupava depois de ser desmascarado por bancos da Suíça.

Agora, desacunhado, desapoderado, seu destino mais provável é cair na toga de Sergio Moro, atração global em Curitiba, e, como é de seu perfil, abater a sua pena graças a delações de seus parceiros, o que constitui mais preocupação pra direita. Logo agora que estava indo tudo tão bem... Quem poderá lhe defender?

Os políticos que fazem parte da tropa do pastor Cunha, agora correm o risco da delação do mesmo, pois seu caráter não indica outro caminho a seguir, estão se questionando se é melhor avançar no absurdo, insensatez em que se transformou esse impeachment ou recuar, enxergar que não houve legitimidade, arquivar esse processo que, se for levado adiante, será equiparado no futuro, guardadas as devidas proporções em uma peça digna da idade média, uma operação caça às bruxas.

Operação política patrocinada pela classe dominante onde, a Fiesp é a mandante do crime, Cunha é o seu pistoleiro, a Globo é o piloto da moto e o STF agiu como Pôncio Pilatos. Por isso desconfio que o regime precisa recompor o mínimo de credibilidade após o deslavado golpe que está em curso. Para que Temer possa compor um governo que tenha alguma legitimidade – já que sua própria popularidade (as pesquisas feitas pela Folha indicaram que teria 1% de intenção de votos em uma eleição presidencial) é incapaz de suprir a farsa de uma “eleição” feita pela Câmara dos deputados e que passou por cima do sufrágio universal de dezenas de milhões de brasileiros – é necessário que outras instituições do regime tentem “esconder a sujeira do golpe”, não acredito no Judiciário

Espero o movimento cívico, patriótico, em defesa do país, espero panelas nas varandas gourmet, espero patos dos patrões da Fiesp carregados pelos capitalistas sem capital, espero o movimento dos moralistas sem moral... TCHAU BANDIDO!