Artigo - Crenças Limitantes: o inconsciente que te leva ao fracasso

Durante mais de 10 anos da minha vida, em que gerenciei empresas, administrei finanças empresariais, e principalmente lidei diariamente com desenvolvimento profissional de líderes e liderados, sempre levei comigo uma dúvida que despertava minha curiosidade, e ao mesmo tempo, alimentava o meu desejo de realizar os sonhos de carreira de muitos profissionais e de alcançar o sucesso de negócios de clientes empreendedores: Por que algumas pessoas obtinham o sucesso e outras fracassavam?

Sim! Por que algumas pessoas tinham sucesso em tudo que faziam, levavam uma vida profissional feliz e assumiam as rédeas de seu sucesso, enquanto outras sempre fracassavam, e estavam em constante penúria; esbanjavam tristeza, angústia, além de palavras, gestos e formas negativas de agir e pensar? Antes de falar sobre a causa disso tudo, tenho como compromisso falar um pouco sobre minha experiência.Durante alguns anos no início da minha carreira, enfrentei um grande desafio que me impedia de viver meus sonhos e alcançar meus objetivos mais desejados, principalmente os profissionais. Passei um longo tempo sendo infeliz na empresa em que trabalhava e, mais insatisfeito ainda com a remuneração que recebia. E esta infelicidade profissional, não me deixava enxergar outros horizontes de crescimento na carreira, e o pior não me permitia que visse que apenas eu mesmo era o responsável pelo meu insucesso, e não outras pessoas como líderes, colegas e até mesmo a empresa em que eu trabalhava, como eu comumente argumentava em minhas justificativas pelo meu fracasso profissional.

E foi neste ambiente de infelicidade que descobri que eram minhas crenças limitantes que bloqueavam minha capacidade de entrar em ação, crescer, gerar resultados, e consequentemente ser feliz profissional e financeiramente.

Mas, afinal, o que é uma crença limitante? É aquele tipo de ideia ou pensamento, que nos impede de fazer ações que gerariam resultados positivos em nossa vida. Apesar desta expressão lembrar algo no sentido religioso (“crença”), não tem nenhuma relação com isso. Na verdade, crença é o que acreditamos ser verdade com todas as nossas forças.

A maioria das nossas crenças se formaram a partir das nossas experiências na infância, período este em que, por sermos crianças não tínhamos referências para tomar decisões por conta própria, então, pessoas que nos rodeavam como pais, família, parentes, amigos, professores, colegas da escola, e até mesmo a mídia, influenciavam diretamente na nossa maneira de pensar e agir.

Quando passamos a fase adulta, muitas destas crenças passam a influenciar de modo positivo ou negativo na nossa vida, de maneira que quando temos uma decisão importante a tomar, podemos determinar o nosso sucesso e o nosso fracasso, através do que acreditamos, ou seja, nossas crenças.

Devido nossa necessidade emocional de certeza, muitas vezes preferimos acreditar fielmente que as nossas crenças são as corretas, a nos autoquestionar e corrigi-las.

A maioria das nossas crenças estão relacionadas a: dinheiro, pessoas, oportunidades, aprendizado, capacidades, identidade, situações, tempo, vida, passado, presente e futuro.

Como consultor empresarial e especialista em gestão estratégica de finanças, quero falar para você das crenças limitantes relacionadas a dinheiro.

Vou listar as três principais crenças limitantes que mais afetam o sucesso financeiro das pessoas, e que inconscientemente, determinam também o sucesso em suas carreiras profissionais. Antes de citá-las, quero destacar que já identifiquei mais de cinquenta crenças limitantes ligadas a dinheiro, mas desejo enumerar apenas as três crenças mais comuns com as quais mais me deparo quando atendo clientes empresariais e profissionais em minhas consultorias e em meus programas de desenvolvimento financeiro:

“Só é rico quem teve sorte e foi escolhido pelo destino”: esta crença limitante é uma crença de desmerecimento; ou seja, “não nasci rico, é porque não tive sorte, ou por que o destino não quis isso, sendo assim, não posso lutar contra a sorte/destino”, o que resultará em inércia e fracasso na busca pela prosperidade financeira;

 “Dinheiro não traz felicidade”: eis uma frase que quase se tornou um jargão por onde passo. Na verdade esta frase estaria correta se fosse “Dinheiro não é a felicidade”. Por que dinheiro traz felicidade sim! Com dinheiro você pode realizar o sonho da casa própria, a compra do automóvel desejado, a viagem de lua-de-mel tão sonhada, alimentar-se e vestir-se bem, enfim, tudo que com certeza resulta em uma vida feliz! Esta crença limitante, bloqueia resultados financeiros positivos, pois me leva a pensar “se dinheiro não traz felicidade, não há porque se esforçar para consegui-lo”;
“Dinheiro na mão é vendaval”: este trecho de uma das páginas da música popular brasileira acabou se tornando uma crença que limita a capacidade das pessoas de economizar e investir dinheiro, pensando sempre que ele é, e sempre será um recurso escasso em suas vidas. Quando eu digo que “Dinheiro na mão é vendaval”, eu afirmo para mim mesmo “dinheiro é algo raro na minha vida, ele entra e sai da minha conta bancária com muita facilidade, pois mal dá para pagar as contas, e no fim não sobra nada para economizar ou investir”. Com certeza, isso resultará em atos e comportamentos que determinarão o meu fracasso financeiro.

Talvez você tenha se identificado com alguma destas verdades limitantes, ou ao menos já foi apresentado inconscientemente a algumas delas. Vou mais longe: talvez de maneira inconsciente, alguma dessas crenças limitantes, ou até mesmo outras das inúmeras não citadas até aqui, tem determinado os resultadas negativos em seus negócios, sua carreira e em suas finanças.

Daí você deve estar me perguntando o que fazer para mudar estas crenças relacionadas ao dinheiro? Posso me liberar destas crenças limitantes que sabotam o meu sucesso?

A minha boa notícia para você é: Sim! Você pode se libertar destas crenças limitantes! Você pode tomar as rédeas do seu sucesso e ser feliz financeiramente! Mais isso é assunto para o nosso próximo encontro.

Por Valneilson Silva

Diretor-Administrativo do Instituto Reccupere