Laudo não aponta indícios, mas estupro de jovem está provado, diz delegada

A Polícia Civil no Rio de Janeiro afirmou, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (30/5), que a menor vítima de estupro coletivo não apresentava indícios de violência, segundo laudo do Instituto Médico Legal. De acordo com o documento, a demora da adolescente de 16 anos em acionar a polícia foi determinante para o resultado. "O estupro está provado. O que eu quero provar agora é a dimensão desse crime", afirmou a delegada Cristina Bento, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV). 

A polícia ainda ressaltou que o laudo não é determinante para provar o crime. De acordo com a delegada, o resultado do exame de DNA – que evidencia o material biológico dos suspeitos e encontra os agressores – depende do tempo após o estupro e do uso de preservativos ou não. "A gente está ali para acolher a vítima, ouvir e fazer todos os procedimentos legais para encaminhar as autoridades que vão investigar o fato", afirmou a delegada. 

A delegada afirma que a vítima deve ser protegida e a investigação corre em segredo de Justiça. Ela assumiu a coordenação deste inquérito policial no domingo (29/5). "O exame de corpo e delito é importante, mas não é determinante de fato. No caso desta jovem, se ela estava desacordada, não haverá indícios de violência física", diz. 

Suspeitos
Durante a coletiva, a delegada confirmou o nome dos suspeitos do estupro que estão foragidos. Sérgio Luis da Silva Júnior, Marcelo Miranto Correa, Raphael Assis Duarte Belo, Michel Brasil da Silva, Lucas Perdomo e Raí de Souza são, segundo as investigações, alguns dos responsáveis pelo crime que não se apresentaram à Justiça.

Diário de Pernambuco