ROQUE SANTEIRO RESSURGE NO PALCO DO CENTRO DE CULTURA JOÃO GILBERTO

O teatro do Centro de Cultura João Gilberto recebe este final de semana o espetáculo que relembra uma das mais famosas telenovelas brasileiras de autoria do consagrado autor Dias Gomes, já falecido, Roque Santeiro. A peça terá apresentação nesta sexta dia 1, também no sábado, 2 e ainda no domingo, dia 3, no Centro de Cultura João Gilberto, sob a produção de Hertz Felix e direção geral de Alan Cleber. O espetáculo promete reeditar o sucesso televisivo, graças a um elenco de nomes consagrados na região.

Roque Santeiro, uma novela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo entre 24 de junho de 1985 a 22 de fevereiro de 1986, terá a volta do jornalista Adalberto Barbosa, Dadau, aos palcos. Além de Dadau, Carlinhos Tapioca, Fabrícia Torres, Rosália Costa, Nílton Miranda, Hertz Felix, Flávio Luiz, Rhaman Faine e Ana Cecília também participarão da peça.

Ana Cecilia Araújo é a viúva Porcina; Rhaman Faine interpreta Roque; Carlinhos Tapioca é o controverso Sinhozinho Malta; Dadau Barbosa fará o prefeito Florindo Abelha; Nilton Miranda é Zé das Medalhas; Fabrícia Torres interpreta Mocinha; Hertz Felix viverá Padre Hipólito; Rosália Costa será Dona Pombinha; e Flávio Luiz, o Cego Jeremias.

Ficha Técnica: Texto: Dias Gomes, Produção: Hertz Félix, Direção: Alan Cleber. Iluminação: Elsom Campos, Sonoplastia: Alan Cleber e Figurinos: Hertz Félix.

A peça ROQUE SANTEIRO deveria ter sido encenada pela primeira vez em 1965, mas o Brasil passava pela ditadura militar e, duas horas antes da estreia, a peça foi proibida pela censura. Mais tarde, quase virou novela, mas também foi censurada. Toda essa perseguição deve-se ao fato da peça abordar o tema do mito [herói militar], desconstruindo esse mito. Esse era um tema muito delicado para o momento que atravessava o país. Somente em 1985, já com o processo de democratização, a novela foi ao ar, alcançando grande sucesso e tornando personagens inesquecíveis, como o Sinhozinho Malta e a viúva Porcina.

A história acontece no período da Segunda Guerra Mundial e Roque retorna à Asa Branca quinze anos depois do final da guerra, quando o governo concedeu anistia aos desertores. Porém, é claro que Dias Gomes utiliza esse tempo passado, como forma de se referir ao tempo em que o livro foi escrito, na ditadura militar da década de 60. Por falar de um herói militar, Dias Gomes tentou criticar o comportamento das Forças Armadas e só pôde fazer isso através de uma história fictícia, deslocada do tempo real, ao qual ele se referia. A cidade de Asa Branca acaba se transformando em uma metonímia do Brasil.

Serviço

Dias: 01, 02 e 03 de julho

Onde: Centro de Cultura João Gilberto

Ingressos antecipados: R$ 20,00

Na bilheteria: R$ 40,00.

A peça tem classificação a partir de 12 anos de idade.