Peixamento da Codevasf em trecho alagoano do São Francisco vai inserir espécies desaparecidas

“Tem que continuar porque é muito importante para a gente, é o que vem salvando a gente. A gente espera que a empresa continue colocando mais e, se possível, colocar aquelas espécies que já estão desaparecendo”. Com essa declaração, o pescador Alfredo Fernandes, presidente da Colônia de Pescadores Z-12 São Francisco, em Penedo, resumiu a importância dos peixamentos realizados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) na região.

Seu Alfredo, conhecido entre os pescadores como “Piau”, peixe nativo do Velho Chico, conta que quando começou a pescar era possível encontrar todos os peixes nativos do rio São Francisco. “Quando eu comecei a pescar com meu pai eu pegava todas as espécies de peixes do Baixo São Francisco. Pegava o surubim, o dourado, mandi amarelo, pegava todo tipo de peixes”, lembra.

A Colônia de Pescadores Z 12 conta atualmente com cerca de mil e duzentos integrantes que vivem da pesca artesanal na região de Penedo. Segundo o pescador, espécies nativas da bacia hidrográfica do rio São Francisco, a exemplo da matrinxã, que há décadas estava desaparecida das águas do Baixo São Francisco, hoje pode ser encontrada, graças aos peixamentos realizados pela Codevasf na região.

“Agora, espécies que estavam sumidas, como a matrinxã, voltaram a aparecer novamente porque a Codevasf tem colocado nos peixamentos. Para a gente, é uma garantia de que essas espécies não vão acabar mais, por isso essa ação tem que continuar. É o que vem salvando a gente”, explica.

Neste domingo, 08 de janeiro, às 10 horas, será realizado o tradicional peixamento da Codevasf na Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Penedo, em Alagoas. A ação da Codevasf integra a programação oficial do evento e tem parceria com a Prefeitura Municipal de Penedo por meio da Secretaria Municipal de Agricultura.

Ascom/ Codevasf