ARTIGO - ESTADO POLTRÃO!

A nossa pátria amada, infelizmente, está sofrendo martírio, um estádio de descalabros de caráter genérico e vergonhoso. A família brasiliana sempre na mira do cadafalso do poder público, sem amparo e sem guarida, ficando com a fala rouca de tanto rogar ao poder de mando, autoridades, por um Brasil melhor, em que todos possam sorrir a paz holística, porém, a resposta é o silêncio e a falta de eco.

A pátria está sendo ultrajada e agredida, pois o Estado mostra covardia, debilidade e fraqueza em não combater com ardor, extirpando, arrancando pela raiz a crueldade e sufocando os bramidos daqueles que se comprazem em ver derramar sangue das famílias deste solo pátrio, completamente desprotegidas, vendo a perda dos seus entes queridos assassinados sob o sol fulgente. Então, conscientes da impunidade, restando-lhes a dor em saber que os sicários, sanguinários permanecem zombeteando e gargalhando em não temer o caráter intimidativo da pena.

Um país em que se tira a vida humana mais que nos campos de batalha, teatro de operações de guerra! Matar alguém neste Brasil virou currículo! Até quando!? Bandos da morte, arquitetos do crime, “sapateiam” e “pintam o sete” consuetudinariamente, dinamitam bancos, incendeiam tudo que lhes convém, inclusive viaturas policiais, metralhando-as, bem como os quartéis deixando as unidades acorrentadas, esnobando o seu armamento bélico de alta potência, humilhando os “traques” que os policiais fazem carga para proteger a sociedade.

A falta de respeito do Estado criou-se, então, a convulsão do medo, da desconfiança, assombro, concebendo que a mínima discussão no trânsito, o crime é iminente. A psicose do medo é admitida, visto que se mata, à luz do dia por um tênis ou celular. Havendo, portanto, o transtorno delirante, paranoia, instituindo-se, legítima defesa putativa sustentada, assim, pela letargia estatal.

Geraldo Dias de Andrade é Cel.PM\RR – Cronista – Membro da ABI\Seccional Norte – Escritor – Membro da Academia Juazeirense de Letras.