Butantan inicia fabricação de 60 milhões de vacinas contra gripe para 2018

O Instituto Butantan iniciou nesta semana a fabricação das 60 milhões de doses de vacina contra a gripe que serão usadas na campanha do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde em 2018. Com investimento de R$ 5 milhões, o instituto irá fornecer 15 milhões de doses a mais do que no ano passado.

O início da produção neste ano está ocorrendo concomitante à divulgação das cepas do vírus que estão mais circulantes, feita anualmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Esse investimento possibilitou aumentar a produção, garantindo segurança e agilidade nos processos produtivos e, posteriormente, na entrega das doses ao Ministério da Saúde”, disse o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

O processo utilizará 60 milhões de ovos de galinha fecundados, necessários para o cultivo dos vírus usados na vacina. No interior dos ovos embrionados, com 10 a 11 dias, é injetado o inóculo viral do vírus H1N1 e das outras duas cepas da gripe incluídas na vacina: H3N2 e B. Os ovos ficam em período de incubação, quando o vírus injetado se replica no líquido alantoico, que envolve o pintinho. De acordo com o Butantan, após 60 a 72 horas de incubação, o líquido é retirado do ovo e purificado, para que apenas os vírus sejam extraídos. Em seguida, é feita a inativação e fragmentação do vírus.

A transmissão dos vírus influenza ocorre por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas da boca, olhos, e nariz.

O Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal e evitar locais com aglomeração de pessoas.

Os sintomas da gripe são febre, tosse ou dor na garganta, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. O agravamento da doença pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, problemas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

Agencia Brasil