Delegada Polyanna Néry assume investigações do caso Beatriz

Após quase dois anos do crime e sem uma solução, a secretaria de Defesa Social anunciou que a delegada Polyanna Néry assumirá o caso do assassinato da menina Beatriz Angélica, que aconteceu no dia 10 dezembro de 2015, na Escola Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina. As investigações estavam sendo comandadas desde dezembro do ano passado pela delegada Gleide Angêlo, que agora deixa o caso. Gleide Ângelo assumiu a Diretoria da Mulher de Pernambuco, enquanto que Polyanna Néry ficará à frente da Diretoria Integrada do Interior II - Dinter II e do caso Beatriz.

Segundo o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antônio de Pádua, a delegada Pollyanna Néry tem uma longa experiência em casos de homicídio e coordenou as divisões de homicídios do norte da região Metropolitana por quase um ano. "É uma mudança natural em que a gente acredita que vai ser dado continuidade as investigações para se encontrar o responsável e levá-lo a justiça", afirmou.

De acordo com o secretário, a delegada vai trabalhar em conjunto com a inteligência que fica baseada em Recife e terá liberdade para escolher a sua equipe de investigação. "A delegada terá um grande desafio pela frente, são 16 volumes o inquérito, mais de 16 suspeitos que já foram confrontados com as provas. Temos mais de 1 milhão de acessos às imagens que foram divulgadas do suspeito e temos a uma imagem do suspeito, além do DNA que foi colhido da arma do crime apreendida", esclareceu.

Antônio de Pádua revelou que esse é o único crime de grande repercussão em Pernambuco que ainda não tem solução. "Temos que encontrar o suspeito, prendê-lo e levá-lo a justiça". No dia 13 de novembro, os pais de Beatriz, Lúcia Mota e o marido, Sandro Romildo Ferreira da Silva, estiveram no Recife para cobrar do governo do estado uma resposta sobre o caso.

Beatriz Angélica foi assassinada com 42 facadas dentro de um dos mais tradicionais colégios particulares de Petrolina. O crime ocorreu dentro da quadra onde acontecia a solenidade de formatura das turmas do terceiro ano da escola. A irmã da menina era uma das formandas. A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59 do dia 10 de dezembro de 2015, quando ela se afasta da mãe e vai até o bebedouro do colégio, localizado na parte inferior da quadra. Minutos depois, o corpo da criança foi encontrado atrás de um armário, dentro de uma sala de material esportivo que estava desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio.

Fonte: G1 Petrolina (Foto: Taisa Alencar / G1)