Motorista do acidente em Copacabana não contou ter epilepsia ao tirar carteira

O Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ) informou na manhã desta sexta-feira, 19, que Antonio de Almeida Anaquim, de 41 anos, que dirigia o carro que atropelou 17 pessoas na noite da quinta-feira, 18, negou ter qualquer doença neurológica, inclusive epilepsia, durante seu exame de validação médica para obter sua Carteira Nacional de Habilitação. A autarquia também afirmou que Anaquim estava com sua CNH suspensa desde 2014, mas não cumpriu a exigência de devolução do documento para realização de curso de reciclagem.

Pessoas com epilepsia podem ter Carteira Nacional de Habilitação,  segundo o Detran. Mas, para ter a CNH validada, esses motoristas precisam passar por uma avaliação neurológica. Quando considerados aptos para dirigir, o exame médico terá validade menor, segundo avaliação médica. "Neste caso, o Detran esclarece que cumpriu com todo o trâmite do Código Brasileiro de Trânsito. O Detran-RJ, assim como toda a sociedade carioca, se solidariza com as vítimas deste acidente", informou o órgão, por nota.

O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) da Polícia Civil, feito durante a madrugada,  deu resultado negativo para o teste de alcoolemia do motorista. Além de deixar um bebê morto, o incidente resultou em ferimentos em pelo menos 17 pessoas. Segundo testemunhas, Anaquim teria perdido o controle de seu carro, por volta das 20h30, na Avenida Atlântica, na altura da Rua Figueiredo de Magalhães. O automóvel invadiu a calçada e a areia.  Anaquim afirmou à Polícia Civil ser epilético e ter sofrido um desmaio enquanto dirigia. Foram achados no veículo medicamentos para a doença.

O Estado não conseguiu localizar a defesa de Anaquim para ouvi-la.

Estadão