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Na tarde desta terça-feira (21) aconteceu – dentro da programação do I Fórum Perinatal da VIII Região de Saúde de Pernambuco – a mesa redonda com o tema "ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL DE QUALIDADE COMO ESTRATÉGIA DE ENFRENTAMENTO DOS ÓBITOS INFANTIS"; da qual participaram representando o Hospital Dom Malan/IMIP, o médico coordenador do setor de Alto Risco, Marcelo Marques, e o médico coordenador da UTI Obstétrica, Álvaro Pacheco.
Também compuseram a mesa a docente do curso de enfermagem da UPE, Luciana Pessoa, e a diretora geral de gestão do cuidado e das políticas estratégicas da Secretaria Estadual de Saúde, Flávia Magno, que enriqueceram o debate. O tema foi bastante esmiuçado e foram avaliados os diversos componentes envolvidos, passando pelo papel da atenção básica, secundária e terciária; função da gestão, instituições e profissionais; articulação da rede de saúde; humanização; políticas públicas; falhas no pré-natal que se tornam um fator de risco à gestação e principais causas da mortalidade materna e perinatal.
Luciana deu as boas vindas e abriu os trabalhos da mesa falando sobre a situação da atenção primária e a necessidade de se colocar em prática o binômio gestão/assistência. Em seguida, Marcelo e Álvaro falaram sobre o cenário atual do Dom Malan, que atua como centro de referência para o pré-natal e parto de alto risco para 55 municípios da Rede de Saúde Pernambuco-Bahia (Rede PEBA), dando ênfase aos preceitos básicos para um acompanhamento gestacional de qualidade. O momento foi finalizado pela representante da SES, que mostrou um panorama geral do estado e apresentou algumas estratégias de melhorias, como a articulação para abertura de um centro de parto municipal em Petrolina e a criação de referências para o pré-natal de alto risco em outros municípios da VIII Regional.
De acordo com Aline Jerônimo, gestora da VIII Geres, que organizou o evento em parceria com o Mãe Coruja Pernambucana, a I edição do Fórum nasceu com o objetivo de requalificar o processo da assistência ao parto e pré-natal para redução da mortalidade infantil na região, que nos últimos seis anos diminuiu em 3,21% por mil nascidos vivos. "Sabemos que há um impacto direto e muito significativo nessa requalificação e é isso que nós vamos buscar", garantiu.
Em apoio, Marcelo Marques do HDM, ratificou que "a mortalidade infantil e neonatal tem muitas causas, inclusive preveníveis e relacionadas à própria mortalidade materna. Por isso, investir em ações que melhorem a assistência à mulher e à gestante é o melhor caminho". Álvaro Pacheco, também representando o HDM e a secretaria de saúde de Juazeiro, não se esqueceu de chamar a atenção dos profissionais de saúde. "Nós sabemos que há um longo caminho a ser percorrido e que as dificuldades são muitas. Mas, nós, enquanto rede e equipe de saúde, não podemos nos isentar do problema. Às vezes falta atitude, vontade e sobra acomodação. Isso também precisa ser combatido", deixou como proposição.
Em uma avaliação final, os resultados foram tidos como positivos. "Desse evento saíram algumas propostas, direcionamentos e o despertar coletivo para o tema em questão. Sem dúvida, o I Fórum Perinatal da VIII Região de Pernambuco cumpriu bem o seu papel", finalizou Marcelo.
Anna Monteiro-Ascom
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