Otoniel Gondim presta homenagem ao Dia da Poesia

14 de Mar / 2018 às 23h00 | Espaço do Leitor

As palavras estão difíceis
Correram aos esconderijos
Procuro-as por todos os cantos
Nada delas
Busco-as nos subterfúgios das leituras
Nada delas
Em que buraco se meteram
Tão bem escondidinhas de mim?
Tá difícil.  Só vestígios. Só pegadas
Meus infinitos neurônios
Em polvorosas, agoniados
Deixaram-me órfão? Viúvo? 
Quanto mais caço menos as encontro

Oh, Palavras! Não abandonem seu velho amigo
Eterno amante platônico
Não brinquem, amigas, com sentimento sério
Como explicarei a todos
Que já não as tenho? Não as domino?
Que um fervente namoro findou?
Nem imagino por quais motivos se escafederam
Pior que nunca desisto de vocês
São meus alimentos, minha lucisolidez
Meus mundos: Passado, presente, futuro
Minhas cúmplices de xingamentos, elogios, mentiras, verdades
Em poemas poemeus
Rárárá que prometo:
Onde quer que estejam as encontrarei
Pelos meus sonhos, desejos, amores, dores
“AÍ, AS QUERIDAS VÃO SENTIR O CASTIGO
DE COMO AS FAREI, NOVAMENTE, SOFREREM!!!”

Otoniel Gondim

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