Foram encontrados 2 registros para a palavra: anfisbena

Pesquisa coordenada pela Univasf descobre nova espécie de anfisbena (cobra-de-duas-cabeças) no sertão baiano

Uma nova espécie de réptil da Caatinga, da família das anfisbenas, popularmente conhecidas como cobras-de-duas-cabeças, foi identificada e descrita por uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). O nome científico da nova espécie é Amphisbaena acangaoba e ela foi descoberta na região dos municípios de Umburanas e Sento Sé, na Área de Proteção Ambiental Boqueirão da Onça, na Bahia.

A pesquisa para descrição da nova espécie foi coordenada pelo professor do Colegiado de Ciências Biológicas da Univasf, Leonardo Ribeiro; com a participação dos pesquisadores Henrique Caldeira Costa, da UFJF, que na época era pós-doutorando na Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais (MG); e Samuel Campos Gomides, da Ufopa. O trabalho sobre a descoberta da nova espécie foi publicado na edição de janeiro do periódico internacional Journal of Herpetology, editado pela Sociedade para o Estudo de Anfíbios e Répteis (Society for the Study of Amphibians and Reptiles - SSAR), considerada a maior sociedade herpetológica internacional, cuja sede é nos Estados Unidos. O artigo também pode ser acessado por este link. ..

Nova espécie de anfisbena (cobra-de-duas-cabeças) é descoberta na Caatinga

 

Amphisbaena kiriri, essa foi a nova espécie de anfisbena, ou cobra-de-duas-cabeças, descoberta na Caatinga. O nome científico é uma homenagem a uma etnia indígena, os índios Kiriri (também conhecidos como Cariri ou ainda Kariri), designação para a principal família de línguas indígenas do sertão do Nordeste brasileiro, onde antigamente estes povos viviam em grandes comunidades nas Caatingas do interior do estado baiano, e atualmente contam com poucos indivíduos. A descoberta foi realizada por um grupo de herpetólogos, profissionais especialistas que estudam anfíbios e répteis.

Segundo o Doutor Leonardo Ribeiro, professor na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e coordenador do estudo: “As anfisbenas são répteis que juntamente com os lagartos e as serpentes formam um grupo denominado Squamata, e compartilham um ancestral em comum. Apesar de parentes próximos, as anfisbenas não são serpentes. Elas vivem enterradas no solo, por isso têm os olhos bem pequenos, quase vestigiais e não enxergam muito bem”. Fazem parte da equipe Henrique Costa, doutorando em Zoologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Samuel Gomides, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)...