Kekê de Bela e a sua arte plural no Juá Garden Shopping

Cleuton César Ferreira Santos, você sabe quem é? E Kekê de Bela? Ah, este? Todos nós sabemos de quem se trata. Os dois são a mesma pessoa. 40 anos, casado, 7º de 10 irmãos, nascido em Juazeiro, criado em Curaçá. Pintor.Duo, entre o preto que nunca é totalmente preto e o vermelho, descambando para o rosa, de choque a carinho, seus quadros repisam “o grito na noite”.  Seja retratando aquela senhora cativante ou o roqueiro Humberto Gessinger; está lá o grito sufocado de quem conheceu todas as necessidades da vida, tropeçou vez por outra na fome e dividiu cama, quarto, sala e cozinha com mais nove irmãos e outros três achegados.

Bela de Calango era a mãe durona que lhe deu régua e compasso e vez por outra uns bons contrapassos. A mão mágica e o olho míope, a mão aberta e a alegria que vê em tudo, essa só de Kekê. Seus quadros estão além da reprodução da foto. O vermelho batido, sem nuances e o choque do preto, alternando-se em sutis tonalidades das duas cores, sem nunca se misturar ao original. Kekê quer e insiste em “fazer da felicidade uma arte para se viver”, mas, seus quadros apontam sempre, mesmo entre sorrisos pintados, para a falta que faz o que nunca se terá.

Pois é. Kekê vai estar a partir do dia 15 e por todo o restante deste mês de março de 2018 no Juá Garden Shopping. Aqui em Juazeiro.A renda (todos esperam que haja em abundância), será boa parte destinada ao Sanatório Nossa Senhora de Fátima. Os quadros, na maioria, porque a exposição é plural, serão retratos de quem fez por Juazeiro e em Juazeiro e, é claro, não terão a unanimidade dos visitantes, mas ensejarão discussões e opiniões. É isso que Kekê quer. Então estamos certos: de 15 a 25 de março (se der tudo certo, até dia 31), apareça no shopping. Kekê vai estar lá para o abraço e a história!

Por Manoel Leão