DIA NACIONAL DO CHORO EM JUAZEIRO-BA

Esse evento foi idealizado e colocado em prática pelo músico juazeirense Silas França. Até então, não havia proposto uma organização musical sobre a data comemorativa na cidade. Em exercício e resistência para propor uma manifestação do choro (um gênero autêntico brasileiro) na data de 23 de abril, foi colocada em prática no ano de 2015 no Museu Regional do São Francisco e abriu um evento maravilhoso e valoroso no município com apoio de amigos próximos. Nos anos seguintes ocorreu a consolidação desse evento.

Mais conhecido como chorinho, o choro é um gênero de música popular brasileira. O virtuosismo é uma característica muito apreciada neste tipo de música, assim como também a capacidade que os praticantes têm para improvisar. Envolve-se o bandolim, pandeiro, cavaquinho, violão 7 cordas, trompete e saxofone como principais instrumentos. Porém, o evento juazeirense apresenta a novidade do acordeom também como um instrumento solista à roda do Choro.

Porque a importância de um evento comemorativo do choro em Juazeiro BA?

Simplesmente pela importância desse gênero musical para construção dos outros gêneros plurais no Brasil. E a cidade de Juazeiro carrega uma importância internacional pela contribuição de seus filhos para música nacional (exemplifico o grande João Gilberto e o nosso poeta Luiz Galvão). Também nesses períodos, as marchinhas e rodas de choro circulavam pelas ruas da cidade na identidade de grandes nomes como; Ernesto Nazareth, Jacob do Bandolim, Orlando Silva e Pixinguinha, que deram influência para os músicos seguintes. A contribuição desses antigos eventos está presente na memória daqueles que foram contemporâneos dessas reuniões musicais e desejam mais uma vez ouvir uma roda de músicas instrumentais e grandes clássicos do choro. Além de simpatizantes e jovens apreciadores do gênero que não veem uma manifestação a respeito deste.

Nesse pensamento, a idealização do evento, visando um resgate e uma representação do choro/samba que respinga em pequenas fagulhas da nossa atualidade. Silas França, com o foco em Juazeiro da Bahia, tenta criar uma tradição anual desse evento para demostrar a grande informação histórica do Choro e a importância do grande patrimônio para nosso presente.

A História ver como parte da cultura, a resistência dos nossos esforços para manter o que achamos de mais útil, belo e valoroso de nossas identidades. Inclusive, nós, seres pensantes e teimosos, incluímos sobre todos os outros o que mais queremos. Não tiramos as ideias das cabeças dos homens, e sim colocamos uma grande melodia que nos liga do céu ao chão. Quem não poderia demonstrar mais claro isso do que a Arte? Assim, aguardo a todos de boa-fé para apoiar e prestigiar a quarta edição da nossa boa música nacional.

Eduardo França de Souza.

Maiores informações com Silas França

74-98815-3124