Fui porta voz de milhões de baianos indignados com a desistência de ACM Neto ao Governo do Estado, diz Jorge Lins, autor do áudio que viralizou nas redes sociais

Na tarde desta sexta-feira (13), durante entrevista no Programa Geraldo José, na Trans Rio Fm e Rádio Juazeiro Am, o autor do áudio, Jorge Lins, que gravou um desabafo e cobranças contra a desistência da candidatura de ACM Neto, ao Governo da Bahia e repercutiu nas redes sociais em todo o Estado, disse que foi "porta voz de milhões de baianos que se sentiram traídos na esperança da candidatura".

"O  áudio representa a revolta contra a decisão do prefeito de Salvador, ACM Neto, diante da desistência de deixar a prefeitura para concorrer ao Governo do Estado e frustrou a todos que esperavam a decisão dele ser o candidato", revelou Jorge Lins, de 19 anos. Na entrevista,  ele garantiu que "não se arrepende e até surgiu o contato de um possível encontro com o ACM Neto".

Segundo Jorge Lins, que nasceu em Barra do Rio Grande e desde os seis meses mora em Juazeiro, Bahia, ele recebeu uma ligação depois da gravação do audio. "O maior problema da desistência é a base de ACM Neto agora está rachada. Devo encontrar sim com ACM Neto e pedirei desculpas, mesmo sabendo que fui porta voz de milhões de indignados com a atitude dele".

Perguntado pelo radialista Geraldo José se pretende concorrer a algum cargo público, Jorge Lins não descartou. "No momento certo sim. Ainda sou jovem, mas é uma pretensão sim".

Quanto a repercussão do audio quem mais sofreu desgaste foi o presidente da Câmara de Vereadores de Feira de Santana, vereador Zé Carneiro.  que logo que surgiu o áudio, teve a ele atribuído a autoria da voz do áudio contra o prefeito de Salvador ACM Neto. A gravação viralizou nas redes sociais no último final de semana e repercutiu na imprensa.

O presidente da Câmara de Feira de Santana, em programas de rádio e imprensa local, afirmou que já enviou informações para a Polícia Civil e espera agora "é que seja descoberto quem editou o material e atribuiu a autoria a ele".  “O criminoso maior não foi ele [Jorge Lins], porque ele expressou o sentimento dele, o criminoso maior foi quem editou aquele texto atribuindo o áudio a mim. É esse que a gente precisa encontrar, porque acredito que sejam pessoas de Feira de Santana. É a polícia que tem que tomar as providências necessárias e eu confio muito que a gente vai conseguir encontrar o criminoso e, consequentemente, puní-lo”, frisou.

Carneiro ressaltou ainda que quem o conhece sabe que jamais usaria “um vocabulário tão inescrupuloso, ofensivo, grotesco e, certa forma, até pornográfico”. E que se ele utilizasse um vocabulário como o do áudio poderia perder o mandato por decoro parlamentar, "porque, realmente, é muito baixo”.

Redação Blog