Agricultura familiar baiana conquista novos mercados e aceitação do público da alimentação saudável

No Dia Internacional do Agricultura Familiar, celebrado nesta quarta-feira (25), agricultores familiares comemoram os avanços alcançados pela agricultura familiar nos últimos 12 anos no estado da Bahia. A exigência do mercado, aliada a uma maior conscientização da sociedade quanto à origem dos produtos que consomem, vem impulsionando o setor, que ganha espaço nas prateleiras dos supermercados, na gastronomia e na mesa dos baianos.

Os consumidores já dispõem de uma diversidade de produtos da agricultura familiar, tanto in natura como processados, a exemplo de doces, compotas, geleias, cortes especiais de carnes de caprino, derivados da mandioca, polpas de frutas, iogurtes, queijos variados, manteiga, derivados da cana-de-açúcar e do milho, mel, pólen e chocolates. Esses e outros produtos são fabricados por empreendimentos como a Cooperativa de Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc).

"Nossos produtos estão indo além das feiras livres. Temos acessado novos mercados, espaços de comercialização especializados, que contam com um público mais exigente, e mostrado que agricultura familiar tem produtos de qualidade e oferta alimentos justos, limpos e que tem a preocupação com o público consumidor", destaca Denise Cardoso, presidente da Coopercuc, cooperativa localizada no semiárido baiano, que movimenta cerca de R$ 1 milhão por ano, com a comercialização, na Bahia e em outros estados do país, de produtos derivados do umbu, maracujá da caatinga, goiaba, maracujá, banana e acerola.

A Bahia é o estado que possui o maior número de estabelecimentos da agricultura familiar, com cerca de 700 mil estabelecimentos, e é responsável pela produção de 77% dos alimentos que chegam à mesa dos baianos. Investimentos desde a base da produção até a ponta da comercialização, em temas como regularização fundiária, assistência técnica, agroindustrialização, projetos de produção de água e acesso a mercado aumentam o potencial produtivo do rural baiano e devem, em pouco tempo, aumentar esses números.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural, Jeandro Ribeiro, já foram investidos mais de R$1,2 bilhão na agricultura familiar. "Se você rodar pelas cidades, há armazéns da agricultura familiar, uma lojinha com conceito de alimentos direto da roça e o consumidor tem procurado esses produtos. O 25 de julho é para celebrar tudo o que foi conquistado, além de fazermos uma reflexão para o mundo de que a gente está caminhando. Um mundo mais sustentável, sem agrotóxico, que a gente possa produzir sabendo o que estamos consumindo. É isso que o mundo pede, que o mercado consumidor pede e só quem tem potencial de fazer isso é a agricultura familiar".

Secom-Governo da Bahia Foto: Andre Fofano