II SIBIC pauta a importância do Recaatingamento

O II Simpósio do Bioma Caatinga – SIBIC teve início na última segunda-feira (30), no Complexo Multieventos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Juazeiro-BA. Durante a mesa de abertura, o Irpaa compartilhou de maneira simbólica, o Prêmio de Boas Práticas para Sistemas Agrícolas Tradicionais, com Pedro Gama, Chefe Geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Semiárido.

O prêmio é referente à experiência do Recaatingamento desenvolvida pelo Irpaa em parceira com comunidades tradicionais de Fundo de Pasto do Território Sertão São Francisco. A premiação foi uma iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, em parceria com o Instituo de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura – FAO/ONU e Embrapa, realizada no mês de junho deste ano.

De acordo com Nívea Rocha, Coordenadora Administrativa do Irpaa, o compartilhamento do prêmio é uma forma de reconhecer a contribuição da Embrapa em relação "ao trabalho de pesquisa sobre a Caatinga, das áreas degradadas, da parceria da Embrapa com o Irpaa, na perspectiva de desenvolver a pesquisa e extensão através do Recaatingamento e outras ações no Território Sertão São Francisco", destaca Nívea. "Essa entrega simbólica ajuda fortalecer, do ponto de vista político e institucional, as relações de parceria, porque as dimensões de ensino, da pesquisa e da extensão precisam caminhar juntas", complementa Tiago Pereira, Coordenador Institucional do Irpaa.

Para Pedro Gama esse momento significa o reconhecimento da parceria existente entre às instituições, um "reconhecimento aos trabalhos ligados à biodiversidade, o tema da recuperação das áreas degradadas e mesmo o aproveitamento e valorização do Bioma", afirma Gama, que ainda ressalta que há muito tempo a Embrapa trabalha com essas temáticas ligadas ao Bioma Caatinga.

A cerimônia de abertura reuniu pesquisadores/as, professores/as, estudantes, extensionistas rurais, gestores, instituições parceiras e a sociedade civil em geral. O Simpósio conta com mais de 650 inscritos e uma programação diversificada, com palestras, mesas redondas, workshops, visitas técnicas, entre outras atividades ao longo de cinco dias de evento.

Na mesa de abertura, a pesquisadora da Embrapa Semiárido e organizadora do evento, Lúcia Kiill, afirma que o SIBIC foi pensando como um espaço de discussão para buscar "soluções aos desafios socioambientais da nossa querida Caatinga, que vem enfrentado nessas décadas ações que vem impactando e gerando a perda dos nossos recursos ambientais", pontua Kiill.

Gama destaca que o Simpósio é um fórum de discussão, intercâmbio de conhecimento de suma importância para a Embrapa e instituições parcerias pautar as linhas de pesquisas desenvolvidas por elas. Além disso, o Simpósio é um momento para "a gente tá discutindo, interagindo com a sociedade civil os problemas desse nosso bioma... aqui também é momento da gente reunir experiências... de medidas mitigadoras para esse fenômeno de degradação que vem sofrendo nosso bioma", declara o Chefe Geral da Embrapa Semiárido.

Para Tiago Pereira, a parceria do Irpaa no SIBIC possibilita a representação "dos agricultores, da equipe de campo que precisa beber dessas experiências, mas também precisa apontar um conjunto de ações socioambientais, socioculturais que a gente vem construindo junto às comunidades rurais ao longo dessas décadas", ressaltou Pereira.

O SIBIC vai até sexta-feira (03) e conta com a Feira da Agricultura Familiar que funcionará ao longo do evento.

Ascom Irpaa