Após terremotos, sismógrafos são instalados em cidades da Bahia

Uma equipe do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) começou a instalar sismógrafos em sete cidades baianas que registraram terremotos nos últimos dias. O objetivo é que os equipamentos monitorem novos casos de abalos no estado e reúnam dados sobre eles.

Os sismógrafos serão instalados em Amargosa, Brejões, Elísio Medrado, Laje, Mutuípe, São Miguel das Matas e Ubaíra.

No total, nove equipamentos serão distribuídos entre as cidades. Ele serão instalados nas casas de moradores e prédios públicos. Os sismógrafos podem determinar os epicentros e também a intensidade dos tremores com mais precisão.

"A ideia é que os sismógrafos detectem novos tremores. Com eles, a gente vai consegui ter as leituras de identificação de fases da chegada da onda, do tremor. É possível, com esse dado, identificar com precisão, a origem, local e a hora desse eventos", disse Eduardo Menezes, sismólogo.
Ainda de acordo com Eduardo, os equipamentos poderão registrar abalos altos que acontecerem em qualquer parte do planeta. "Se der no Japão, ele vai registrar aqui. Eles [sismógrafos] têm grande capacidade", falou.

Os dados dos sismógrafos instalados na Bahia serão enviados para o Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) .

"O sinal da internet a gente está tendo dificuldade. Mas, tendo o sinal de internet, ele [sismógrafo] é muito bom porque a gente tem como ter o acesso online, rodar a informação. A gente manda esses dados em tempo real para Natal, paras a UFRN, e tem como dá uma resposta mais precisa", contou Marcones Alves, técnico de internet.
A instalação ocorre quase uma semana depois de um terremoto de magnitude de 4,6, considerado alto, ser registrado entre cidades da região entre o Recôncavo da Bahia e o Vale do Jiquiriçá. Nesses locais, muitas casas foram danificadas.

Por causa dos estragos, as prefeituras de Amargosa e São Miguel das Matas decretaram situação de emergência.

De sábado (29) até esta sexta-feira (4) foram registrados 24 tremores e, segundos os sismólogos, novos terremotos podem acontecer. "Você tem um período vários tremores. Isso é normal", disse Eduardo.
 

G1 Bahia Foto Reprodução TV Bahia