Parque Serra da Capivara completa 43 anos e abre espaço para visitação

Fundado no dia 5 de junho de 1979 como uma unidade de conservação de uso integral. Em 1991, o espaço foi considerado patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. As atividades estão sendo realizadas para que os piauienses possam conhecer de perto esse local de preservação.

Serra da Capivara, localiza no sul do Piauí está completando 43 anos e em comemoração estará realizando uma série de atividades para conscientizar a população e valorizar a cultura local.  O local contém sítios pré-históricos da América e já foi considerado pela revista The New York Times como um dos roteiros turísticos mais importantes do mundo.

O Parque foi inaugurado no dia 5 de junho de 1979, visando proteger um dos mais importantes exemplares do patrimônio pré-histórico do país. O local é uma das mais importantes áreas de conservação arquelógica do país. Uma das atividades é a abertura do local para a visitação de escolas da região. Depois a programação segue com o Pedal das Origens. Outro ponto da programação será e Exposição Quilombolas do Território de Serra da Capivara, onde vai reunir o trabalho do produtor cultural Cristóvão Braga.

A chefe do Parque Nacional Serra da Capivara, a arqueóloga, educadora e ambientalista Marrian Rodrigues, explica que "Nesse ano vai abrir o Parque para receber a comunidade" 

"Vamos ter aulas, passeios para todos os alunos das escolas públicas da região. A exposição sobre os rostos dos quilombolas também é muito importante. É uma maneira de aproximar essas comunidades ao Parque. Para encerrar a programação, nós faremos uma mesa redonda com professores de universidades que irão mostrar alguns trabalhos", disse

Marrian também fala sobre a imagem da campanha deste ano. "Esse ano estamos trazendo a imagem de uma onça-parda fotografada aqui no parque, para chamar a atenção para a conversação desses animais aqui na região", disse

 Parque Nacional Serra da Capivara foi fundado no dia 5 de junho de 1979 como uma unidade de conservação de uso integral. Em 1991, o espaço foi considerado patrimônio cultural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Dois anos depois, o parque foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

“O parque tem três chancelas importantes de preservação porque, nesse polígono de 100 mil hectares, é possível encontrar a preservação da biodiversidade da caatinga, com animais endêmicos, fauna e flora endêmicas”, comentou Marrian.

Com 130 mil hectares e mais de 1.200 sítios com arte rupestre, pinturas que foram feitas em rochas e paredes de cavernas há milhares de anos, atrai cientistas e turistas de todo o mundo.

Os trabalhos realizados no parque pela equipe da arqueóloga Niède Guidon, presidente da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), foram fundamentais para comprovar que os primeiros homens a chegarem na América datam de cerca de 100 mil anos.

No parque é possível encontrar registros rupestres pré-históricos, especialmente as pinturas gravadas nas rochas com cenas de caça, sexo, guerra e outros aspectos da vida cotidiana.

O local ainda tem cânions gigantescos que chegam aos 200 metros de altura, além de belíssimos platôs.

Os paredões são resultados da movimentação das placas tectônicas da Terra há cerca de 200 milhões de anos.

Redação RedeGN Foto Ilustrativa