Uneb revela que aluna agredida recebeu murro no rosto e alvo seriam as pessoas negras do grupo

A Direção do Departamento do Departamento de Ciências Sociais e Tecnologia da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Juazeiro, publicou uma nova nota e clamou o público a denunciar a abordagem violenta sofrida por uma aluna do curso de Direito da Universidade realizada pela Polícia Militar, no circuito do Carnaval, durante a madrugada do último domingo (28).

Segundo depoimento da aluna, ela recebeu um murro no rosto e no estômago, usaram força brutal e ela desmaiou na avenida. Tudo isso porque questionou a forma violenta da abordagem sofrida por um grupo de amigos. Ainda enfatizou que os alvos foram as pessoas negras do grupo. Uma mulher jovem, estudante brutalmente agredida pelas forças do Estado.

O nome da aluna não foi divulgado pela universidade.

A nota segue apontando que 'em 05 de maio de 2017 a UNEB sediou uma audiência pública, promovida pela Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa da Bahia e pelo Conselho de Promoção da Igualdade Racial de Juazeiro (Compir) sobre abordagem policial, a qual ouviu vários depoimentos referentes a abordagens violentas. O resultado foi a elaboração de um documento encaminhado a todas as forças policiais, judiciais e universidades do município solicitando revisão desses procedimentos e colocando a UNEB a disposição para formações e debates. Sugeria ainda um pacto de conduta de todos os entes supracitados. Infelizmente nenhuma resposta foi enviada aos promotores do evento".

A Uneb solicitou do comando da corporação Polícia Militar e das demais autoridades competentes a imediata apuração e responsabilização do(s) envolvido(s) e a resposta ao documento referente a Audiência Pública realizada nesta Universidade. Acreditamos que essa questão deva ter um encaminhamento compartilhado e a punição dos agressores.”

Hoje pela manhã, durante entrevista coletiva, o Comando do CPRN – Comando de Policiamento Regional Norte renovou a promessa de averiguar e punir os diversos casos de agressão policial no Carnaval de Juazeiro este ano.

Após a reunião de avaliação do Carnaval a Professora Márcia Guena Diretora do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual da Bahia em Juazeiro e Luana Rodrigues secretária do COMPIR - Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial endossaram o pedido de providências sobre a agressão sofrida por uma aluna da UNEB e pela transexual entre outros casos denunciados pela Sociedade.

Elas solicitaram respostas também a respeito da audiência pública realizada pelo COMPIR e a Comissão de Diretos Humanos da Assembléia Legislativa da Bahia em maio de 2017, denunciando as abordagens violentas de policiais da RONDESP, denúncias recebidas pelo COMPIR. Uma delas foi o caso de espancamento da Professora Neide e toda a sua família em plena Avenida no Carnaval de 2017.

Redação blog Foto Geraldo José