IBGE: Falta trabalho para 26,4 milhões de brasileiros, na Bahia são mais de 663 mil desempregados

Um total de 26,3 milhões de brasileiros não têm emprego ou trabalham menos horas do que gostariam. Esse é o contingente que a economia brasileira desperdiçou de mão de obra, um índice de 23,6% de trabalhadores subutilizados ao fim de 2017.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) trimestral, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Houve queda em relação ao terceiro trimestre (23,9%), mas a taxa se manteve elevada na comparação com o mesmo período de 2016, 22,2%. Já a taxa média anual para 2017 ficou em 23,8%. A taxa de desocupação no quarto trimestre de 2017 (11,8% no Brasil) apresentou redução de 0,6 ponto percentual na comparação com o 3º trimestre de 2017 (12,4%) e ficou estatisticamente estável frente ao 4º trimestre de 2016 (12%). 

O ano de 2017 apresentou uma contínua redução da taxa de desemprego. Trimestre a trimestre o IBGE, mostrou que o número de trabalhadores em busca de uma ocupação foi decrescente, mas a informalidade deu o tom o comportamento do desemprego ao longo de 2017.

Santa Catarina foi o estado onde o desemprego mais cresceu entre 2014 e 2017 (170,2%), passando de 100 mil para 270 mil desocupados. No estado, o aumento foi motivado pelo fechamento de postos de trabalho, principalmente, na Construção (-3,8%), na Indústria (-2%) e nos Serviços (-0,6%).

O Rio de Janeiro, por sua vez, apresentou o segundo maior aumento no número de desocupados (157%), passando de 494 mil em 2014, para 1,2 milhão de pessoas sem trabalho em 2017. No estado, o desemprego cresceu em razão da redução de vagas, principalmente, na Indústria (-19%), na Construção Civil (-13,8%) e nos Serviços (-8,4%).

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Ela faz parte da força de trabalho potencial.

Do total nacional, 59,7% estavam no Nordeste (2,6 milhões de pessoas). Entre as unidades da Federação, os maiores contingentes estavam na Bahia (663 mil) e Maranhão (410 mil). A taxa de desalento no 4º trimestre ficou em 3,9% da força de trabalho ampliada do Brasil, com Alagoas apresentando a maior taxa entre as unidades da Federação (15,4%).

O Nordeste tinha 59,7% do total de desalentados. Entre as unidades da federação, os maiores contingentes estavam na Bahia (663 mil) e Maranhão (410 mil).

Agencia Brasil