SAAE certifica estabelecimentos comerciais que aderiram ao uso da caixa de gordura

Em Juazeiro são registrados por mês, em média 2.500 casos de rede de esgoto obstruída. Desse total, 70% são provocados pelo descarte de óleo usado e outros tipos de gordura no ralo da pia. A gordura vai direto para a rede coletora e se transforma em blocos sólidos que se fixam nas paredes das tubulações, reduzindo o espaço para a passagem da água, e, por conseqüência, provocando entupimentos e transbordamentos. Boa parte dessas ocorrências poderia ser evitada se cada morador instalasse na sua residência uma caixa de gordura. A caixa, disponível no mercado em diversos modelos, deve ser instalada na saída da água utilizada na pia e na máquina de lavar louças e antes de chegar à rede pública de esgoto.

Para reduzir os impactos desse óleo jogado indevidamente no meio ambiente, o Serviço de Água e Saneamento Ambiental – SAAE/Juazeiro vem realizando diariamente visitas técnicas, conscientizando  os usuários, principalmente nas lanchonetes e restaurantes, sobre a importância da instalação da caixa de gordura. O coordenador técnico do SAAE, Wilson Alves, esclarece que nesse primeiro momento o trabalho é de orientação, depois os estabelecimentos que não se adequarem serão autuados. “Vistoriamos restaurantes, lanchonetes, panificadoras, supermercados, açougues e nesses estabelecimentos a caixa de gordura é fundamental. No entanto, é preciso que a cada 30 dias a limpeza seja feita pelo próprio usuário para que não acumule muita gordura e provoque mau cheiro”, explica o técnico.

O gestor técnico do SAAE, Jadson Pereira, reforça a informação, porém adverte que, mesmo com a caixa de gordura, o óleo utilizado na cozinha ou na chapa de frituras não deve ser jogado na pia.  “Também não deve ser jogado nos poços de visita ou bueiro por onde é escoada a água da chuva. O ideal é guardar em um recipiente e destinar a entidades que trabalham com a fabricação de sabão. Dados confirmam que um litro de óleo despejado no esgoto pode contaminar  20 mil litros de água. Por isso o SAAE tomou essa iniciativa de certificar os estabelecimentos que já adotaram a caixa de gordura para que sirva de motivação para os demais. Se cada um fizer a sua parte todos ganham e o meio ambiente agradece”, pontua Jadson.

Glória do Amarantes, proprietária de um restaurante no Centro da cidade sabe bem o transtorno que era viver sempre com o esgoto entupido. “Depois que fui orientada a colocar a caixa de gordura os problemas acabaram. Hoje trabalhamos sem a preocupação de estar ligando para o SAAE vir desentupir o esgoto. Também orientamos nossos funcionários, principalmente da cozinha e da churrasqueira, para não jogarem nada na pia que possa obstruir o esgoto”, disse.

Em uma lanchonete também no Centro, a situação é semelhante. “Com a caixa de gordura ficou melhor de trabalhar, pois toda gordura é separada da água e não provoca mais entupimento no esgoto”, revelou a gerente administrativa Jaqueline Duarte. Outro que ficou satisfeito com o resultado da caixa de gordura foi  Reginaldo Soares, gerente de um bode assado. “Agora as redes fluem com mais facilidade e nosso serviço também é beneficiado, pois não paramos sempre para  limpar o esgoto. Muito importante esse trabalho  e todos devem aderir colocando sua caixa de gordura e evitando assim problemas futuros”, ressaltou Soares.    

Antonio Pedro – Ascom/SAAE