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Juiz Sanfoneiro retoma carreira e lança Clube da Sanfona

Ednaldo Fonsêca, o Juiz Sanfoneiro, como ficou conhecido após uma entrevista no Programa do Jô Soares, retoma a carreira como cantor, compositor e sanfoneiro, lançando o seu 4º CD e o revolucionário projeto Clube da Sanfona, que tem como um dos objetivos resgatar a história e a prática da sanfona de 8 baixos, a famosa "pé-de-bode", que ficou conhecida nacionalmente pelas mãos do músico Januário, pai de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.

Seguindo uma tradição o Juiz Sanfoneiro explicou que sempre que lança um CD, o mesmo é doado a uma instituição filantrópica que vende e reverte a renda em ações sociais. Desta vez a instituição escolhida foi cada uma das paróquias religiosas de Petrolina, Sertão pernambucano. "O CD Dançando Xote tem um 'quê' especial, eu musiquei a oração 'O Terço do Poder de Deus' e convidei o Padre Malan para gravar junto comigo, essa oração que é muito bela e forte", explicou acrescentando ainda que o CD tem música autoral, a exemplo de "Vida sem Vida", algumas regravações e participações especiais de artistas importantes, como Joquinha Gonzaga e Jorge de Altinho...

Artigo: DIA MUNICIPAL DA SANFONA

SANFONA : Único instrumento musical do mundo que se toca agarrado ao peito e juntinho ao coração. Nos traz alegrias, emoções , cultura e sabedoria popular. Mostra as riquezas, mazelas, belezas , diversidades da nossa terra para todo o mundo.

Hoje  se comemora ,em Juazeiro-BA, O Dia Municipal da Sanfona. O juazeirense, por brilho próprio já que detemos virtuoses e grandiosos sanfoneiros, tem tudo para eu se orgulhar e festejar a bel prazer esse histórico dia...

Musicalidade de Fagner e acordes de Targino Gondim encerram IV Festival Internacional da Sanfona, em Juazeiro (BA)

Foram quatro dias de muita música  na terra de João Gilberto. Com artistas brasileiros e internacionais, do forró ao tango, o IV Festival Internacional da Sanfona chegou ao último dia, neste sábado (16), com o show de Fagner, que ao lado de Targino Gondim, mostrou no palco da Orla Nova, em Juazeiro (BA), a força da cultura nordestina. Canções como ‘Riacho do navio’ e ‘A morte do vaqueiro’, do eterno Rei do Baião, Luiz Gonzaga, se misturaram aos sucessos do cantor cearense, que emocionou a plateia com ‘Borbulhas de amor’, ‘Deslizes’, ‘Jardim dos animais’ e ‘Coração alado’.

Como no dia anterior, no Centro de Cultura João Gilberto, o público cantou à capela e interagiu com os artistas. Fagner, que tem uma longa história de parcerias com os acordeonistas, ouviu suas músicas cantadas em coro pelas pessoas que lotaram a orla. “Quero dizer para vocês do fundo do coração que estou emocionado”, declarou o cantor. O show dele foi um dos mais longos, com cerca de uma hora e 40 minutos...

GRANDIOSOS SHOWS ENCERRAM O IV FESTIVAL INTERNACIONAL DA SANFONA EM JUAZEIRO

Shows maravilhosos na noite deste sábado (16), na Orla Nova de Juazeiro, encerraram o IV Festival Internacional da Sanfona, organizado pela Toca Pra Nós Dois Produções e Eventos e Conspiradoria Projetos e Produções, com o patrocínio do BNDES através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

A programação, logo cedo, foi aberta com os artistas regionais: Daniel Itabaiana, Silas França, Flávio Baião e Wanderley do Nordeste que fizeram apresentações dignas dos grandes artistas nacionais e internacionais...

Tango argentino e homenagem a Dominguinhos emocionam público do IV Festival Internacional da Sanfona

Emoção e interatividade não faltaram na terceira noite do IV Festival Internacional da Sanfona. Com Oswaldinho abrindo o espetáculo ao som de 'Asa Branca', numa pegada de blues, Mestrinho num estilo irreverente homenageando o grande Dominguinhos e a dupla argentina de tango Vanina Tagini e Gabriel Merlino conquistando simpatia com a brasileiríssima canção 'Chega de Saudade', de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, o público ficou dividido nesta sexta-feira (15) entre ovacionar os artistas e cantar à capela no auditório lotado do Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro (BA).

Oswaldinho caiu no gosto do público quando, entre uma música e outra, narrou momentos de sua vida. Solicitado pela plateia, o instrumentista tocou uma das canções de seu pai, Pedro Sertanejo, pioneiro do forró em São Paulo, e uma que fez para a filha, com o título engraçado 'Corre para não apanhar'. Pouco depois, os fãs de Mestrinho aplaudiram também o gingado do cantor e sanfoneiro.  O destaque foi o repertório do artista, que emocionou a todos com a música 'Em minha alma', dedicada ao também saudoso cantor acordeonista, Dominguinhos...

Shows do Quinteto Sanfônico da Bahia, Renato Borghetti e do americano Murl Sanders marcam o segundo dia do IV Festival Internacional da Sanfona

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Juazeiro começa IV Festival Internacional da Sanfona com ritmos de varias partes do mundo

Blues, jazz, tango, bossa nova e muito forró, deram o tom, nesta quarta-feira (13) em Juazeiro, no norte da Bahia, durante o primeiro dos quatro dias do IV Festival Internacional da Sanfona.

O evento, que mudou a rotina das pessoas e principalmente dos hotéis no centro da cidade,  começou pela manhã com uma oficina, mostra de fotografias e de sanfonas no Centro de Cultura João Gilberto. A partir das 17h, o hall de entrada do centro foi tomado por uma Jam Sanfona Session, que fez muita gente dançar  ao som de ritmos de várias partes do mundo...

Começa nesta quarta-feira (13) em Juazeiro – BA o IV Festival Internacional da Sanfona

O IV Festival Internacional da Sanfona começa nesta quarta-feira (13) e o município de Juazeiro da Bahia já está pronto para receber cerca de 50 mil pessoas que deverão circular até o sábado (16). Mais de onze artistas nacionais e internacionais se apresentarão durante os quatro dias do evento que reúne o melhor da sanfona do Brasil e do mundo.

De quarta à sexta-feira, estão programadas, exposições, oficinas, workshops, concertos, Jam Sanfona Sessions e uma série de shows no Centro de Cultura João Gilberto. As atividades, todas gratuitas, começam às 9h, no hall de entrada e culminam às 20h, no palco do teatro com apresentações de artistas de renome internacional, a exemplo de Murl Sanders (EUA), Vanina Tagini & Gabriel Merlino (Argentina), Renato Borghetti, Oswaldinho do Acordeom, Chico Chagas, Nelson Faria, Mestrinho e Edglei Miguel...

Confirmado: Dupla argentina de tango Vanina Tagini e bandoneonista Gabriel Merlino estará no IV Festival Internacional da Sanfona

Mais uma atração foi confirmada para o IV Festival Internacional da Sanfona. Os argentinos Vanina Tagini e Gabriel Merlino estarão em Juazeiro (BA) para se apresentarem no evento que começa nesta quarta-feira (13), no Centro de Cultura João Gilberto. A dupla promete trazer para o público a suavidade do tango, do bolero e da brasileiríssima Bossa Nova.

A cantora e o bandoneonista são acostumados com turnês internacionais. De 2009 a 2016, já se apresentaram praticamente no mundo todo, nos Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, França, Suíça, Rússia, Líbano, Portugal, Canadá e em países da Ásia e América Latina. Na Argentina, os dois são atrações bastante aplaudidas no Café Tortoni, a mais tradicional casa de shows de Buenos Aires...

Exposição mostra acordeons e faz retrospectiva fotográfica do Festival Internacional da Sanfona

O hall de entrada do Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro (BA), terá uma aparência bem musical na próxima quarta-feira (13). O dia de abertura do IV Festival Internacional da Sanfona será também o começo da exposição ‘Encontros’, que a partir das 9h, faz uma retrospectiva fotográfica das edições do evento e traz a marca Lettice, considerada uma das melhores fabricantes de gaita do país, para uma maior aproximação com o público.

Segundo o sanfoneiro, curador e diretor artístico do evento, Targino Gondim, a mostra, além de promover demonstrações de montagem, manutenção e afinação do fole, também vai homenagear os artistas que passaram pelo festival através das lentes dos fotógrafos Ivan Cruz (Jacaré) e Regina Lima. “São 12 fotos que permitem uma fascinante viagem pela emoção e a troca de influências musicais, a exemplo dos encontros entre Dominguinhos, Frank Marocco, Elba Ramalho, Toninho Ferragutti, Chico Chagas, Daniel Castilhos e Lucy Alves, a Luzia da novela Velho Chico”, adianta...

Cantor e compositor Fagner faz show de encerramento do IV Festival Internacional de Sanfona

O show de encerramento do IV Festival Internacional da Sanfona, no próximo dia 16 de julho, na Orla Nova de Juazeiro – BA, será com o cantor cearense Fagner. Com 40 anos de carreira e colecionador de sucessos, como 'Revelação,' "Eternas Ondas" e 'Jardim dos Animais', Fagner ficou mais conhecido do público brasileiro, e em particular entre os sanfoneiros, depois de ter gravado grandes discos ao lado do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, com Gonzaguinha o álbum já clássico, ABC do Sertão, e de ter vencido um festival de música com a canção de Dominguinhos e Manduka,  'Quem Me Levará Sou Eu'.

Dono de um vasto repertório e de uma voz que encanta várias gerações, ele se apresenta à beira do rio São Francisco, mostrando músicas conhecidas do público, canções do seu 37º álbum, 'Pássaros Urbanos' e dividindo o palco com os instrumentistas Targino Gondim (curador do evento), Murl Sanders (EUA), Cathie Travers (Austrália), Chico Chagas e Edglei Miguel. Os shows da noite começam às 19h, com  sanfoneiros conhecidos da cena regional...

Harmonia e improvisação musical são temas de workshops durante IV Festival Internacional da Sanfona

Falta menos de um mês para o IV Festival Internacional da Sanfona, que acontece entre os dias 13 e 16 de julho, e mais um item deve ser somado à lista de atrações do evento. Os instrumentistas Chico Chagas e Nelson Faria estarão no Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro - BA, na quarta (14) e quinta-feira (15), das 14h às 17h, para um workshop de harmonia e acompanhamento e outro de improvisação musical, para iniciantes e quem deseja aprimorar mais sua técnica no instrumento. Um trabalho inédito no Brasil.

As inscrições serão feitas gratuitamente no site (www.festivaldasanfona.com.br), até o dia 12 de julho, com um limite de 40 vagas. Chico Chagas, um dos mais respeitados instrumentistas do país, vai falar sobre a função do acordeom e do acordeonista em um grupo, a harmonia, os registros e combinações de vozes ao manuseio do fole. Já o compositor e arranjador Nelson Faria, também considerado um dos mais expressivos músicos brasileiros (com oito livros publicados em países como Estados Unidos, Japão e Itália), divide com Chico Chagas ensinamentos sobre técnicas de improvisação, centros tonais maiores e menores, escalas, acordes e desenvolvimento do fraseado. A dupla promete um passeio pelo cancioneiro popular, do jazz ao forró...

IV Festival Internacional da Sanfona promove oficinas gratuitas

O IV Festival Internacional da Sanfona já é em julho (de 13 a 16) e a programação deste ano traz a oficina de acordeom do professor instrumentista paraibano, Edglei Miguel, para músicos iniciantes e até os mais experientes que desejam aprimorar suas técnicas de improvisação, harmonia e fole.

As inscrições podem ser feitas gratuitamente no site (www.festivaldasanfona.com.br) de  27 de junho a 12 de julho, até o limite de 40 vagas. As aulas acontecerão no Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro-BA, das 9h às 12h, e são baseadas no curso ‘A Sanfonada’, ministrado por Edglei Miguel na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que proporciona uma evolução rápida em curto espaço de tempo, com a obtenção de excelentes resultados...

IV Festival Internacional da Sanfona em Juazeiro contará com a presença de instrumentistas do Brasil, Estados Unidos e Austrália

O mais nordestino dos rios brasileiros, o São Francisco, será paisagem e cenário para o IV Festival Internacional da Sanfona que acontece entre os dias 13 e 16 de julho, no Centro de Cultura João Gilberto e na Orla Nova de Juazeiro - BA. Cerca de 50 mil pessoas assistirão Chico Chagas, Mestrinho, Targino Gondim,  Oswaldinho, Renato Borghetti e o Quinteto Sanfônico da Bahia, se unirem aos músicos internacionais Murl Sanders, dos Estados Unidos, e Cathie Travers, da Austrália, para mostrar toda a diversidade do acordeom.

Durante os quatro  dias, o festival terá uma série de outras atividades, como: concertos, workshops, exposição e oficinas ministradas pelo sanfoneiro  Edglei Miguel, que devem  movimentar também a vizinha pernambucana Petrolina e todo o Vale do São Francisco...

São Francisco ao som das sanfonas

As belezas do São Francisco serão pelo quarto ano cenário de um dos festivais mais sonoros do Brasil. Acontece de 13 a 16 de julho a IV Edição do Festival Internacional da Sanfona em Juazeiro, região norte da Bahia, no Centro de Cultura João Gilberto. O instrumento que no Brasil teve Luiz Gonzaga e Dominguinhos como seus embaixadores ganhará uma série de homenagens, coordenadas pelo curador e diretor artístico do evento, o também sanfoneiro e cantor Targino Gondim. 

Dedos vindos de países como Estados Unidos, Austrália e Argentina, se misturam ao dedilhado nacional para um grande sarau onde o instrumento que se toca abraçado dará o tom. No período, uma exposição de sanfonas novas, usadas, montagem e afinação apresentará um pouco mais aos que estiverem no local, além das oficinas de sanfona 120 baixos. Workshops também estão na programação, além dos shows. ..

São Francisco ao som das sanfonas

As belezas do São Francisco serão pelo quarto ano cenário de um dos festivais mais sonoros do Brasil. Acontece de 13 a 16 de julho a IV Edição do Festival Internacional da Sanfona em Juazeiro, região norte da Bahia, no Centro de Cultura João Gilberto. O instrumento que no Brasil teve Luiz Gonzaga e Dominguinhos como seus embaixadores ganhará uma série de homenagens, coordenadas pelo curador e diretor artístico do evento, o também sanfoneiro e cantor Targino Gondim

Dedos vindos de países como Estados Unidos, Austrália e Argentina, se misturam ao dedilhado nacional para um grande sarau onde o instrumento que se toca abraçado dará o tom. No período, uma exposição de sanfonas novas, usadas, montagem e afinação apresentará um pouco mais aos que estiverem no local, além das oficinas de sanfona 120 baixos. Workshops também estão na programação, além dos shows. ..

Jecana terá Procissão de Sanfonas para homenagear Carlos Augusto e Luiz Gonzaga

O Povoado do Capim será tomada pelo som que lembra o Nordeste, a 45º edição da Jecana Oficial do Brasil que se realiza de 10 a 12 de junho, receberá neste domingo 12, a Procissão das Sanfonas, para  relembrar o saudoso radialista Carlos Augusto e Luiz Gonzaga e todo o seu legado. Segundo o sanfoneiro Luiz Rosa, coordenador da procissão das sanfonas a concentração será a partir das 9hs em meio ao movimento das pessoas servindo para quebrar a rotina da Comunidade do Capim e dá um outro olhar à população que vai apreciar cada música do rei do baião. 

"A intenção é exatamente chamar a atenção, mexer com as pessoas e fazer com que Luiz Gonzaga, Carlos Augusto sejam lembrados e também pedir uma solução para o Caso Beatriz", revela Luiz Rosa. A 45ª edição oficial da Jecana do Brasil, realizada na comunidade do Capim, em Petrolina, teve início na noite de ontem com a realização de uma Missa e prossegue neste sábado 11, com o Forró da Rabichola apresentação de Quarteto de 3 e o sanfoneiro Sergio do Forró,  partir das 21hs no Clube do Capim. No domingo 12, a partir das 10hs desfile de fuscas, quadrilhas e o grande prêmio da corrida de jegues, com a disputa da Gangalha de Ouro-Troféu Carlos Augusto Amariz.

O prefeito Julio Lossio disse que este ano a Jecana representará mais um grande evento com a valorização da cultura e homenagem ao também saudoso ex-prefeito Simao Durando que foi o primeiro a apoiar e acreditar na realização da Jecana que hoje é reconhecida nacionalmente. O encerramento da Jecana 2016 será com os shows de Flavio Leandro, Elisson Castro e Forró Pega Leve a partir das 14hs no domingo 12, Dia dos Namorados no tradicional Forró do Poeirão. 

A Jecana é realizada pela Prefeitura Municipal, em parceria com a Associação de Moradores do Capim. Todo o evento terá entrada gratuita. "Manter a tradição desta festa com grande participação popular, é uma das maiores homenagens que podemos fazer em memória a Carlos Augusto. Por isso a festa é aberta ao público e está repleta de atrativos para agradar moradores, competidores, e todos que visitarem o evento", finalizou o prefeito Julio Lossio. ..

Artigo: Dominguinhos 75 anos: o mestre da sanfona e sons, das paixões e amores, do silêncio e da solidão

"Que saudade matadeira eu sinto no meu peito. Faço tudo para esquecer, mas não tem jeito."Este é um dos muitos versos que Dominguinhos cantou e tocou com sua sanfona, transformando-a em um instrumento da saudade, sentimento que persiste no coração de todos nós que convivemos com o cantor, compositor e instrumentista.

Hoje 12 de fevereiro se fisicamente estivesse entre nós Dominguinhos completaria 75 anos.

Hoje convidado que fui para participar de Programas de Rádio na região do Vale do São Francisco destaquei a genialidade, simplicidade, humildade do mestre Dominguinhos. Em especial a gratidão que o discípulo tinha por Luiz Gonzaga.

Destaquei dois filmes que fala sobre vida e obra de Dominguinhos: primeiro o documentário "O milagre de Santa Luzia" (2008), de Sergio Roizenblit, no qual o instrumentista viaja pelo Brasil para mostrar as diferentes formas regionais de se tocar sanfona e os principais sanfoneiros do país.

E aquele que mais me toca: O longa metragem webserie "+Dominghinhos". Neste filme é mostrado “Um Dominguinhos que pouca gente conhece: jazzista, improvisador, seu refinamento musical, sua universalidade".

Assim era Dominguinhos. Grande, muito grande. Simples, muito simples.

Aos 6 anos, José Domingos de Morais, O Dominguinhos ganhou a primeira sanfona do pai, o mestre Chicão. Aos 8, já se apresentava com os irmãos, Morais e Valdomiro, em feiras livres e portas de hotel de Garanhuns-Pernambuco, onde nasceu em 12 fevereiro de 1941.

Dominguinhos foi nome dado por Luiz Gonzaga, com quem gravou, em 1957, Moça de Feira. “O menino chegou de um ambiente diferente e começou a viver num mundo glamourizado. Mas foi sempre na dele, sempre com esse jeitão sertanejo”, diz Gilberto Gil no primeiro episódio da web série +Dominguinhos.

A riqueza dessa história levou os músicos Mariana Aydar, Duani e Eduardo Nazarian a promover encontros entre o sanfoneiro e parceiros, antigos e jovens que tocam e contam histórias vividas nos palcos da vida.

Em uma delas, Giberto Gil lembra do tour do álbum Refazenda (1975), em que viajaram juntos mais de 20 mil quilômetros. Em certo momento, Dominguinhos pergunta: “Isso é reggae, é?”. Quando o amigo responde que sim, ele rebate: “Que reggae nada, isso aí é um xotezinho sem-vergonha”.

Dominguinhos conseguiu inovar a arte do mestre!

Antes de começar a luta contra o câncer que o submeteria a uma injustiça do destino vivida em um quarto do Hospital Sírio Libanês, convalescendo na dor física e da alma que sofria Dominguinhos recebeu uma equipe de jovens cineastas. Estavam ali para colocar a água do Rio São Francisco em uma garrafa. Ou, se fosse preciso, em duas.

Ao lado de Djavan, Dominguinhos chorou. Estava visivelmente abatido pela doença, mais magro do que em outras cenas, e parecia sentir as próprias notas em dobro. "Seu Domingos" tirou a água dos olhos e pediu a Djavan um favor com uma humildade de estraçalhar os técnicos do estúdio. "Se você tivesse trazido seu violão, eu ia pedir pra tocar uma música pra mim".

Quando a música aparece, ela vem em turbilhão. Um Dominguinhos de cabeça baixa, de pé, à frente de um grupo, tocando sua sanfona como se estivesse em transe. De olhos fechados, transpassa dedos uns sobre os outros como se tivessem vida própria, como se nem dos comandos do cérebro precisassem.

No documentário é o próprio músico quem narra sua história: o pai que já tocava na roça, lembra de sua sanfoninha de 8 baixos e do primeiro grupo que formou com dois irmãos no Nordeste, quando tinha 8 anos.

Conta das brincadeiras e dos passatempos. "Eu não matava nem passarinho, por pena." A mãe, alagoana filha de índios como o pai, teve 16 filhos, muitos dos quais "iam morrendo" e sendo enterrados em caixõezinhos que o pai já construía como um especialista.

Seus olhos se enchiam de água depressa, sobretudo depois que ele começou seu tratamento contra o câncer. Em uma noite, deixou o quarto do hospital com seu chapéu de vaqueiro, apertou o botão do elevador e fez o nome do pai.

Momento de emoção no filme quando Dominguinhos chega ao teatro no qual a Orquestra Jazz Sinfônica o esperava e sentou-se para tocar De Volta pro Aconchego. Quando sentiu os arranjos sinfônicos atravessando seu peito, não se conteve e chorou uma lágrima graúda, como se soubesse que, ali, era a hora de se despedir.

Levantou a cabeça, tirou o chapéu e chorou...

Por Ney Vital-Jornalista ..

Artigo: Sanfona e trio elétrico: Juazeiro uma cidade chamada Alegria, Estado Bahia

Este ano, entre os dias 21 a 24, a organização do Carnaval de Juazeiro valorizou mais uma vez os sanfoneiros. Silas França, acompanhou Bell Marques (sempre Chiclete com Banana) e Luiz Caldas contou a história da música brasileira, trio elétrico e carnaval.

O sanfoneiro, compositor e cantor, Targino Gondim puxou a sanfona, discípulo de Luiz Gonzaga cantou o mestre naquele que foi na minha opinião, a melhor apresentação do evento.

Em tempos de tanta música ruim, onde a porcaria musical impera, foi uma riqueza ouvir Targino Gondim e sua sanfona. Cabe aqui citar que a identidade cultural no mundo globalizado é fator de atração turística. O forró, baião, xaxado sempre será um fator de desenvolvimento econômico e social.

Louvável a atitude da Prefeitura de Juazeiro-Bahia  ter na programação sanfoneiros. Meu incentivo para que todos os eventos isto seja repetido na busca de repensar as relações entre cultura e discurso oficial. A atitude foi um exercício da cidadania cultural.

Luiz Gonzaga, diga-se, poucos sabem,  na década de 40 e 50 derrubava todas as atitudes já "cristalizadas" pelo tempo e puxava sua sanfona em pleno carnaval. Em 1947 o maior sucesso do carnaval foi "Quer ir mais eu?", frevo regravado até os dias de hoje.

Também na sanfona de Luiz Gonzaga foram gravados para o carnaval "Bia no Frevo", Ao Mestre Capiba, Arrasta Frevo.

No carnaval da Bahia, décade de 80,  o Brasil e o mundo tomou conhecimento do primeiro forró trio eletrizado:  "Instrumento Bom", autoria de Morais Moreira na voz de Luiz Gonzaga,  gravado com Trio Eletrico de Armandinho, Dôdo e Osmar. O Brasil canta até hoje...

Portanto, Targino Gondim, Luiz Gonzaga e o trio eletrico podem e devem ser considerados arte, show espetacular e é necessário criar uma expectativa de reorganização da política cultural, mesmo com a descrença no aparelhamento público(o Estado ainda é necessário quando a serviço da coletividade).

Tenho dito: Viva o Nordeste. Viva o carnaval com sanfona!Viva o forró!

*Ney Vital-Jornalista, pesquisador. Apresentador do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga. ..