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Artigo: "Tem..tem..tem ..tem Teotônio 

"Tem..tem..tem ..tem Teotônio 
- Já viu Teotônio triste?
- Só de "óculos"!
 "Urubuservando" de soslaio..algum desavisado vascaíno, botafoguense ou pó de arroz. 
Nos  últimos tempos aumentamos os conflitos, chegamos ao extremo da retórica.  Tudo por causa  e efeito da nossa  política "chinfrim " .
Quanto mais a gente vive- ainda mais multiplicamos despedidas.
Teotônio chegou aqui em 1964, ano do "golpe", não sei se retirante "morte e vida Severina" , de algum "topônimo"perto de UAUÁ, se não me engano: Tacaratacá?
Em 2024,  faria 60 anos de Juazeiro( haveria uma festa na concha da Apolo com ele cantando com os Kamenas Boys, Geraldo "pateta", Paulinho "camaleão ",  o camundongo Raimundo Nobre - o grilo seresteiro. Denizá do "salão azul",  Nonato "alicate"Presley "   "voz de veludo", o Nat King Cole de Juazeiro- Amilton Sacramento, com Edésio no violão, Waldecy no acordeon, Urbano no cavaquinho e seu "Galo" apresentando)..ainda seria  tempo daquele "tamarineiro"
Mas não existe mais Juazeiro? Até parece  que hoje  somos 250 mil "vaqueiros "??Onde me reconheço em Albert Camus - "O estrangeiro ".
Adeus Teotônio ..!
Você dizia que eu era um "obituário " nas redes..e agora, quem vai dizer?

Maurício Dias-poeta, cantor e compositor..

Artigo: “Trago nas veias o sangue do açoitado e do açoitador”

Não é comum que a mídia brasileira dê ampla repercussão a eventos culturais ocorridos na “terrinha” de além-mar, mas na última terça-feira, 24 de abril, foi diferente. Tratava-se do discurso de aceitação do Prêmio Camões, o mais importante do mundo lusófono, concedido a Chico Buarque de Hollanda em 2019 e finalmente entregue em Lisboa, na véspera do 25 de abril, quando Portugal comemora o aniversário da Revolução dos Cravos. Em seu discurso Chico exaltou a efeméride, evocando os versos de sua canção Tanto mar, sem deixar de lembrar também – num gesto ousado que a presença de tantas autoridades portuguesas não inibiu – seus antepassados cristãos-novos (Diogo Pires e Orovida Fidalgo) que viriam dar com os costados no Nordeste brasileiro ainda no século XVI, fugindo da perseguição implacável dos inquisidores ibéricos.

A ampla cobertura do evento, no G1, Uol e similares, destacou quase que exclusivamente – por motivos óbvios e mais do que justos – a estocada no ex-presidente brasileiro a quem Chico, com admirável ironia, “agradeceu” (tendo a sabedoria de não citá-lo nominalmente, no que o sigo aqui), por sua “rara fineza de não sujar o diploma do meu Prêmio Camões” com a sua assinatura quando a distinção foi concedida. Desincumbido, portanto, de comentar o fato de olho em suas consequências imediatas para o noticiário, gostaria de deslocar a ênfase para outras passagens da fala de Chico, igualmente contundentes e merecedoras de destaque. Essa uma das vantagens em atuar na esfera acadêmica, ao menos em seu sentido original; despreocupado da obrigação de “permanecer relevante”, gerar likes, repercutir, enfim, o pesquisador pode se concentrar naquilo que à primeira vista parece lateral e secundário, mas que na maioria das vezes é exatamente onde está a beleza mais humana e irrepetível de um momento singular...

Artigo: Direita ou esquerda? Por Ticiano Felix

Direita ou esquerda, esquerda ou direita, oh! Dúvida terrível! Muitas vezes, irremediável e dolorosa; essa dúvida me corrói há trinta e cinco anos.

O ano era o de 1985, o mundo vivia cambueiros de dúvidas, de incertezas; no Brasil, só se falava na mudança do regime militar, que era de “direita”, repassando as rédeas do poder de volta aos civis, digamos, políticos profissionais, como sequência no seguinte ano, ocorreria a primeira eleição pós ditadura, que inclusive os deputados federais, eleitos nessa “peleja” iriam promulgar pela “enésima” vez a tão sonhada “tábua da salvação”- digo, Constituição! Por sinal a maioria dos deputados e governadores que galgaram êxito nesse pleito, eram da ala denominada “esquerda”. ..

Artigo: Ao Mestre com Carinho

Nesta segunda-feira, 13/03/2023, via na TV, um dos últimos episódios da novela: Mar do Sertão, 18 horas, quando me deparei com as cenas em que a filha professora(que já havia alfabetizado várias pessoas), do personagem Timbó, toma coragem para alfabetizar o pai e a mãe.

As cenas obviamente me afogaram em lágrimas, porque meu pensamento num zas-trás, relembrou que uma jovem artista pop, havia levantado uma polêmica ao afirmar que: "quem não tem o que fazer, vai ser professor(a), e que um professor(a), trabalha um mês inteiro para ganhar 5 mil reais, e ela por meia hora de show, recebia 70 mil reais"...

Artigo: Perigo maior no carnaval

Os casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são uma barbárie que acontece diariamente no Brasil, mas se exacerba nos grandes eventos e nas festas populares, como o carnaval, que já toma conta do país. São uma atrocidade que tem de ser enfrentada por todos nós: família, sociedade e Estado.

Na segunda-feira, o Ministério dos Direitos Humanos lançou a campanha "Bloco do Disque 100", em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da Embratur...

Artigo: A felicidade

Só experimentamos a felicidade plena na infância. Na vida adulta, ela surge em ondas, em geral contidas pelas contradições mesquinhas do cotidiano.

Felicidade é pássaro irrequieto concebido para a liberdade. Mal pousa em nosso espírito, já bate as asas. Contra todas as evidências, no entanto, vivemos na ilusão de um dia aprisioná-lo...

Artigo: Hora de limpar as sujeiras da gestão. Os tempos em curso sugerem cortar os males pela raiz

As reeleições do senador Rodrigo Pacheco e do deputado Arthur Lira, para presidir o Senado e a Câmara Federal, na legislatura que se inicia, exibem a mais vistosa dentre as práticas republicanas: a lei franciscana, mais conhecida como a norma do que “é dando que se recebe”.

O resgate da política emerge com o balcão de ofertas do velho ofício de mercantilizar os apetrechos do escambo que se instalou nos prédios icônicos de Brasília...

Artigo: Tempos desumanos

A imagem de corpos de crianças e adultos, expondo os terríveis efeitos da desnutrição, tem sido frequente em anúncios de organizações que acolhem doações para as populações famintas da África. Nos últimos dias, o flagrante estampa a devastação na comunidade dos povos yanomamis, que vivem entre os Estados do Amazonas e de Roraima, onde a crise sanitária já resultou na morte de cerca de 570 meninos e meninas.

Estaria ocorrendo um genocídio? Pinço conceitos: genocídio é um termo criado pelo advogado polonês Raphael Lemkin, em 1944, e corroborado, em 1948, pela Organização das Nações Unidas, para designar “atos cometidos com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso”. O termo foi usado pelo Tribunal Militar Internacional de Nuremberg, em 1945, para julgar os crimes nazistas na Segunda Guerra Mundial contra o povo judeu...

Artigo: Universidades e a defesa intransigente da democracia

As universidades exerceram, ao longo dos últimos anos, um protagonismo cujas facetas se multiplicaram na mesma proporção em que emergiram aberrações advindas da condução errática do poder central. O embate, documentado a quente, foi árduo. A desqualificação do sistema de ensino superior esteve no cerne do ideário governista.

Os ataques sistemáticos à ciência, à pesquisa e ao debate manifestaram-se por meio de numerosas ações deletérias, desde o contingenciamento de verbas até falas inadequadas de representantes que deveriam zelar pelo bem público. Neste contexto, forjaram-se o caldo da intolerância e o ambiente beligerante...

Artigo: Carlos Colla agora é saudade

É fácil quantificar a obra autoral do compositor fluminense Carlos de Carvalho Colla (5 de agosto de 1944 – 13 de janeiro de 2023), autor de mais de duas mil músicas gravadas.

No entanto, é difícil dimensionar a força popular do cancioneiro de Carlos Colla, como era conhecido no meio musical o compositor nascido em Niterói (RJ) e morto hoje no Rio de Janeiro (RJ), aos 78 anos, vítima de parada cardíaca, sofrida em decorrência de falência múltipla dos órgãos, três dias após fazer cirurgia para tratar dois aneurismas na aorta abdominal...

Artigo: Inferno climático. Escolha: cooperar ou morrer?

Não será por falta de aviso. Parte da humanidade, como afirmou António Guterres, secretário-geral da ONU, caminha para o abismo com o pé no acelerador. “A humanidade só tem uma escolha: cooperar ou morrer”, diz ele. A frase é curta, clara, sustentada por uma infinidade de provas.

O Nilo, maior rio do mundo em extensão, está morrendo. Sua descarga atual de água é de menos de 3.000 m3/s. Para se ter uma ideia, a vazão do Tietê é de 2.500 m3/s, e do nosso ainda potente Amazonas, 209.000 m3/s. A água do Nilo diminui e a população aumenta, podendo ter um acréscimo de 500 milhões de pessoas, em sua bacia, até 2050. O Banco Mundial alerta que 216 milhões de pessoas em seis regiões do mundo poderão ser forçadas a deixar o lugar onde moram até 2050...

Artigo: Maria da Graça. Gracinha. Baby – o nome dela é Gal

Em finais dos anos 1950, uma menina baiana de 12 anos, cabeluda, se insinuando cada vez mais na arte de tocar violão e exercitando uma voz que era admirada por quem a ouvia teve a chance de sua vida, iria conhecer João Gilberto, tão baiano quanto ela. Um cronista social amigo da família iria se encontrar com o pai da bossa nova. Ela pediu, implorou – e a mãe deixou ela ir ao encontro.  Ao vê-la, João disse: “Você é Gracinha, a menina que todo mundo em Salvador diz que canta bem?”, perguntou o cantor definitivo de Chega de Saudade. A menina assentiu. Ele perguntou se ela tinha violão. Quando disse que sim, ele mandou apanhar.

Uma hora João disse: “Gracinha, cante Mangueira (Exaltação à Mangueira). Qual é o seu tom?”. Ela disse: “Lá”. Ele deu o tom e ela começou a cantar. João não falou nada. Para a menina de 12 anos, ele tinha odiado. “Cante outra, Gracinha”, determinou João. Ela cantou Tom Jobim e outras músicas que João Gilberto havia gravado. O cantor não dizia nada, só mandava a menina continuar a cantar. Uma hora ele parou e disse, do alto da certeza de seu ouvido absoluto: “Gracinha, você é a maior cantora do Brasil”. “Eu era uma menina, nunca tinha saído da Bahia. Já imaginou o que foi isso?”, revelou, em 2019, Maria da Graça Costa Penna Burgos, a Gracinha, que se tornou – se é que alguém ainda não sabe – Gal Costa, a cantora a quem qualquer adjetivo ou superlativo sempre parecerão insuficientes...

Artigo: Fluiu, por Maviael Melo

Então eu comecei falando do que foi tudo isso, falei da chegada de algo entorno de 10.000 livros numa Carreta Mágica e Literária. De dentro dela saiu uma festa, pra dentro de uma festa que já se consolida pela energia de quem por aqui passa, passou e passará.

Continuei falando ou querendo falar dessa mistura de ritmos e letras, de risos e sons, de páginas e páginas que percorreram minha cabeça nesses três dias de encantados, encantadas e encantades...

Artigo: País dividido e institucionalidade democrática

As eleições de 2022 foram históricas. Se não fosse de mau gosto, poderíamos dizer que o terceiro mandato de Lula tem um caráter mítico. O sentido global que emerge das congratulações dos líderes estrangeiros é um indicador do papel que o Brasil pode ter para o futuro da humanidade, seja pela reversão do desmatamento da Amazônia, seja pela contribuição de seu histórico de negociador para a emergência climática e para a segurança alimentar. No plano nacional, a formação da frente ampla no segundo turno garantiu o pacto pela democracia, regime político em que os governantes respondem pelo que fazem e regime social que nos humaniza, com o respeito a direitos e a solidariedade como guia, para a eliminação da fome como medida mais urgente.

É verdade que sai das urnas um país dividido. Mas a aritmética dos insatisfeitos não é estática e parte deles pode ser integrada com uma ação de pacificação política pelo governo. O preocupante é que outra parte deve permanecer não como oposição – o que é saudável e necessário – mas como núcleo de resistência antidemocrática...

Artigo: As eleições presidenciais e a falta de visão sobre o Brasil

Insatisfação. Esse é o sentimento da maioria dos brasileiros ao se deparar com a ausência de propostas no segundo turno das eleições e a falta de uma visão sobre o que o Brasil necessita realmente melhorar nos próximos quatro anos.

A urgência em fazer algo de objetivo, além de reclamar, motivou nosso grupo. Somos engenheiros formados pela Escola Politécnica da USP, na turma de 1978...

Artigo: “a arte da leitura” é a releitura

Por mais acaciano que pareça, “a arte da leitura”, diz Nelson Rodrigues, “é a releitura”. Nunca tive dúvidas a respeito. Mesmo que a primeira leitura, sobretudo de certas obras, nos envolva num turbilhão de surpresas, de emoções inimagináveis e de novas descobertas no campo da percepção e do conhecimento, recuperar e reviver esses momentos em dimensão mais profunda só nos é permitido pelo de ato de reler.

Pode parecer paradoxal: se leio um livro apenas uma vez, na verdade não o li. Se ler é construir sentidos e alcançar verdades que nos ajudem a compreender melhor o mundo e seus enigmas irredutíveis, é porque ler é reler, e reler, e reler… Sempre na predisposição de uma prática dialógica que nunca se esgota. Como se sabe, os grandes autores e as grandes obras abordam questões que são permanentes e que nos desafiam para além das épocas e das circunstâncias históricas e individuais...

Artigo: Realidade cantada por Adoniran Barbosa segue atual

A cidade que o cantor e compositor Adoniran Barbosa (1910-1982) expôs em seus antológicos sambas – como Saudosa Maloca, Iracema e Trem das Onze – tem semelhanças com a São Paulo atual, principalmente no que se refere a questões sociais e urbanas, como a desigualdade, a especulação imobiliária e a moradia precária.

Foi o que afirmou o cineasta Pedro Serrano, diretor do documentário Adoniran – Meu Nome é João Rubinato, atualmente em cartaz na capital paulista, em entrevista no programa Via Sampa, da Rádio USP (93,7 MHz). “Tudo o que ele cantou segue muito atual”, disse Serrano. “São temas muito relevantes para a nossa sociedade de hoje.”..

Artigo: Carta ao saudoso Anésio Lino de Souza-Neto Tintas, razão de haver estrelas e gente

"Amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo debaixo de sete chaves dentro do coração assim falava a canção que na América ouviu, Mas quem cantava chorou ao ver o seu amigo partir...Mas quem ficou no pensamento voou com seu canto que o outro lembrou e quem voou, no pensamento ficou com a lembrança que o amigo cantou"...

Já são cinco anos de tua ausência física. A sanfona, triangulo e zabumba continuam a lembrar que desafinados cantávamos. Cantar para viver a arte da fé e de ser Feliz. Sorrir para jamais perder a esperança. Cantar para afirmar que Luiz Gonzaga é Mestre dos sertões, do baião, xote e forró sanfonado! ..

Artigo: Melhorar a distribuição de renda é o que fará o Brasil crescer

Nos últimos seis anos, a pobreza no Brasil aumentou muito. Tivemos a recessão muito forte de 2015/2016 e a pandemia a partir de 2020 contribuindo para a deterioração dos indicadores sociais. As consequências mais graves foram o aumento do desemprego, da informalidade e a queda acentuada da renda média da população. Como nosso PIB cresceu muito pouco neste período, e a população continuou crescendo, assistimos a uma queda significativa da renda per capita.

Duas estatísticas confirmam que mais da metade da população brasileira vive mal, com baixíssima renda e sofre com insegurança alimentar. Segundo a Tendências Consultoria, e utilizando dados do IBGE, o número de domicílios que abrange as classes D e E no Brasil é de 38 milhões de residências, o que representa 51 % das famílias brasileiras...

Artigo: Ao vencedor as batatas!

Envolvida pelas tensões e dúvidas que marcam as eleições 2022, saí em busca da imagem idealizada da República Federativa do Brasil – de um Estado democrático de direito – retratada no art. 1º da Constituição Federal de 1988. Nessa releitura, retomei algumas particularidades do sistema eleitoral brasileiro que permite ao povo exercitar o seu direito de dispor do voto “consciente” e “secreto”, enquanto um instrumento de mudança política e social.

No entanto, nessas últimas décadas, as possibilidades de exercício “pleno de consciência” ficaram comprometidas por um ciclo vicioso de problemas que atrasam o processo de democratização e republicanização do Estado brasileiro...